Crítica

Girão: julgamento de acusados do 8 de janeiro no STF é político

Para a Girão, a primeira sentença aplicada, de 17 anos de reclusão, ao réu Aécio Lúcio Costa Pereira, foi desproporcional.

Agência Senado

Girão tem feito reiteradas críticas ao Supremo
Girão tem feito reiteradas críticas ao Supremo (Waldemir Barreto / Agência Senado)

BRASÍLIA - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) classificou como “político” o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) dos primeiros acusados de participação nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Ele disse, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (18), que a primeira sentença aplicada, de dezessete anos de reclusão, ao réu Aécio Lúcio Costa Pereira, foi desproporcional. Ressaltou que nenhum dos denunciados tinha antecedentes criminais. Ao criticar a decisão do STF, Girão afirmou que a intenção dos ministros seria a de reprimir mobilizações populares pacíficas.

"Vejo que não temos mais democracia no Brasil. Estamos caminhando a passos largos para uma ditadura. Quero dizer, que os dois pesos e as duas medidas, com viés ideológico nítido nesses julgamentos, ficam muito claros. Quando comparamos as manifestações violentas nas mesmas proporções das invasões e depredações do dia 8 de janeiro, as que foram realizadas em 2006 e em 2017 não tiveram, acreditem se quiser, nenhuma prisão nem condenação", comparou.

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Segundo ele, alguns ministros do STF, que não tinham argumentos para defender as suas teses, acabaram por atacar os advogados de defesa do réu com o objetivo de desqualificá-los por um erro na menção a um livro. Porém, para o senador os ministros parecem esquecer da verdadeira essência do problema, que é a destruição da Constituição.

"Esse julgamento não deveria estar acontecendo no Supremo Tribunal Federal. Está errado! A Constituição do país tem que ser obedecida. Era para estar na primeira instância. Por que essa usurpação desse Poder que manda e desmanda neste país? Por omissão nossa também, só existe esse desrespeito ao Parlamento porque o Senado ainda não deliberou sobre um pedido de impeachment de um dos ministros [do STF], porque tem aí mais de seis dezenas engavetados", avaliou.

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