BRASÍLIA- A defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), afirmou que pediu revogação de sua prisão ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo informações do G1, Cid disse à Polícia Federal que aceitará fazer delação Premiada, o que depende agora do Supremo. Por isso os advogados entendem que é premissa para liberdade do seu cliente.
O pedido agora precisa ser analisado pelo ministro Alexandre de Moraes. Caso seja aceito, Cid ficaria solto até o dia do seu julgamento.
Investigação
O ex-ajudante de ordens está detido desde o dia 3 de maio, acusado de ter fraudado cartões de vacinação contra a covid-19, incluindo o de Bolsonaro e parentes do ex-presidente. Ele também é apontado como um dos articuladores de uma conspiração para reverter o resultado eleitoral do ano passado, inclusive com planos de uma intervenção no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). De acordo com investigações da Polícia Federal, mensagens capturadas com autorização judicial após apreensão do celular de Cid evidenciam que ele reuniu documentos para dar suporte jurídico à execução de um golpe de Estado.
Em seu telefone celular, peritos da Polícia Federal (PF) encontraram mensagens que ele trocou com outros militares e que, segundo deputados federais e senadores que integram a CPMI do 8 de Janeiro, reforçam a tese de que o grupo tramava um golpe.
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