Sistemas fotovoltaicos

Energia solar responde por 15% da matriz elétrica brasileira, segundo Absolar

Implementação do 5G, crescimento das vendas de veículos elétricos e maior facilidade para aquisição de baterias de armazenamento são alguns dos fatores que fazem a busca por energia solar crescer.

Brasil 61

Desde 2012, o setor já movimentou mais de R$ 159 bilhões em novos investimentos e gerou quase 980 mil empregos.
Desde 2012, o setor já movimentou mais de R$ 159 bilhões em novos investimentos e gerou quase 980 mil empregos. (Foto: Divulgação)

BRASIL - A energia solar fotovoltaica já corresponde a 15% da matriz energética brasileira, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) de agosto. Desde 2012, o setor já movimentou mais de R$ 159 bilhões em novos investimentos e gerou quase 980 mil empregos.

A expectativa do mercado é que o número de sistemas fotovoltaicos instalados no Brasil siga crescendo. A implementação da quinta geração de internet móvel, o 5G, o crescimento das vendas de veículos elétricos e a maior facilidade para aquisição de baterias de armazenamento energético são alguns dos fatores que podem impulsionar esse movimento.

A vice-presidente da Associação Brasileira da Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Bárbara Rubim, explica que a implementação do 5G, por exemplo, gera uma demanda maior por energia  elétrica, o que motiva a busca pela energia solar pelas companhias.

“As empresas de telefonia vão gastar entre 150 e 180% mais energia elétrica com a implantação do 5G, então um aumento de um gasto, de um custo tão significativo quanto de energia elétrica, vai fazer com que essas empresas busquem ainda mais soluções para baratear esse custo fixo que ela tem, tão representativo como o da energia. E aí se voltar para formas como a da energia solar sem dúvida alguma é uma solução que já é buscada pelas indústrias de telefonia  —  e tende a se intensificar ainda mais”, destaca.

Outro fator que pode colaborar para o crescimento do setor é a maior facilidade para aquisição de tecnologias de armazenamento energético. Isso gera mais flexibilidade no uso da energia solar, como explica a vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim.

“Quando a gente combina essas tecnologias  consegue ter mais flexibilidade para fazer uso dessa geração que é oriunda do sol, então flexibilidade para a gente usar essa energia no horário que seja mais conveniente, como a noite ou mesmo no horário em que a tarifa da distribuidora é mais cara. Flexibilidade nas instalações, a gente tem a possibilidade de fazer instalações em locais em que a rede não consegue sustentar aquele sistema, a rede da distribuidora — ou mesmo em locais em que a rede da distribuidora não está disponível ou é muito precária”, afirmou.

Além da procura por empresas, muitos consumidores têm buscado usar a fonte alternativa de energia e observado os benefícios. É o caso do funcionário público Paulo Maia, morador de Águas Claras, no Distrito Federal, que contou com a empresa É Energia Solar para instalar o sistema em sua residência. Sua motivação foi a busca por uma fonte alternativa de energia  —  e o retorno do investimento se dá a médio e longo prazo, com a economia na conta de luz.

Economia do consumo

“A diferença é imediata, assim que foi habilitado pela concessionária de energia a conta já veio praticamente zerada, às vezes vem 1 real, 2 reais. Por enquanto, como tenho gerado mais energia do que o consumo, então está praticamente zerada a minha conta de energia”, explicou.

Segundo dados da Absolar, os estados que possuem maior geração distribuída de energia solar são São Paulo e Minas Gerais, com 13% da potência instalada, seguidos por Rio Grande do Sul, com 10%.

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