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Rinovírus: cresce incidência de casos em crianças, aponta Fiocruz

Boletim epidemiológico da Fiocruz registrou um aumento da doença nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade.

Portal Brasil 61

A vacinação continua extremamente recomendada.
A vacinação continua extremamente recomendada. (Foto: Sandro Araújo/Agência Saúde-DF)

BRASÍLIA - Principal responsável pelo quadro de resfriado, o rinovírus, segue preocupando muitos pais. O InfoGripe, boletim epidemiológico divulgado pela Fiocruz, registrou um aumento no número de casos nas faixas etárias de 2 a 4 e de 5 a 14 anos de idade. A infectologista do Centro Especializado em Doenças Infecciosas (CEDIN) - DF, Joana D’arc Gonçalves da Silva, explica que o rinovírus é um vírus capaz de desenvolver quadros infecciosos graves se não for tratado. 

“Quando a gente fala de rinovírus, a gente está falando de um grupo de vírus que tem mais de 100 tipos diferentes. E esses vírus, eles causam, frequentemente, o que a gente chama de resfriado comum e ele é muito contagioso”, destaca.

Os dados mostram que, entre os dias 13 e 19 de agosto, a tendência de alta no público infantil causada pelo rinovírus foi mais intensa na Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

A médica infectologista ressalta que o quadro é maior nas crianças porque elas acabam entrando em contato com dezenas de vírus respiratórios ao longo da infância. “A criança é mais suscetível porque ela está com um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, não entrou em contato com muitos vírus, tem uma imunidade menor com relação à exposição e a contatos anteriores”, informa.

A especialista ainda lembra: “As crianças também estão mais expostas porque frequentam creches, escolas, locais com maior aglomeração, com maior risco de contato com outras crianças. Então isso faz com que elas se infectem mais, sem falar na questão do comportamento, porque crianças pequenas e até as maiores acabam compartilhando mais objetos. Elas acabam tocando em superfícies contaminadas, colocando mais a mão na boca”, avalia.

Prevenção: melhor forma de combate

Segundo Joana D’arc Gonçalves da Silva, a prevenção é a mesma de qualquer doença de transmissão respiratória: “Evitar lugares fechados com pouca ventilação e aglomeração, abrir as janelas e manter o local mais ventilado possível”, aponta. Se a criança tiver algum sintoma respiratório, a médica orienta: “Não levar para a escola porque pode infectar outras pessoas. O ideal é passar esse período de viremia que a gente fala quando está com sintomas respiratórios”, salienta.

Apesar de não existir vacina específica contra o rinovírus, no momento, a especialista recomenda: “Fazer as outras vacinas do calendário de imunização para aqueles vírus que a gente tem já como a vacina da gripe, da Covid, porque a gente não vai ter superposição de doenças”, orienta.

Com relação aos vírus da influenza A, Sars-CoV-2 (Covid-19) e Vírus Sincicial Respiratório (VSR), o coordenador do InfoGripe Marcelo Gomes revela que a situação, até o momento, continua de relativa estabilidade, com queda ou estabilização em um patamar relativamente baixo na maioria dos estados. No entanto, também reforça a importância da vacinação:

“A vacinação continua extremamente recomendada. Devemos aproveitar que as vacinas da gripe e da Covid ainda estão disponíveis nos postos de saúde, são gratuitas e continuam protegendo especialmente contra as formas graves das doenças como forma de proteção em caso de retomada do crescimento do vírus”, afirma o pesquisador.

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