Arcabouço fiscal

Ministro diz que Brasil quebrou amarras do teto de gastos

Aprovado na noite desta terça-feira pela Câmara dos Deputados, o texto final do arcabouço fiscal segue agora para sanção do presidente Lula.

Ipolítica, com informações da Agência Brasil

Ministro Renan Filho comemorou aprovação de matéria na Câmara
Ministro Renan Filho comemorou aprovação de matéria na Câmara (Valter Campanato/Agência Brasil)

BRASÍLIA - O ministro dos Transportes, Renan Filho, classificou a aprovação do novo marco fiscal como fundamental para o equilíbrio fiscal do país. Aprovado na noite desta terça-feira (23) pela Câmara dos Deputados, o texto final do arcabouço fiscal segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve extinguir o teto federal de gastos que vigorava desde 2016.  

“Ao longo dos últimos anos, o Brasil vinha desequilibrado fiscalmente. Havia uma regra que se chamava teto de gastos. Ela não valia por um lado porque não limitava os gastos – todo ano foi estourava pelo governo federal, não foi cumprida – e, por outro lado, tolhia a capacidade de investimento do país. O país investia muito pouco”, disse Renan Filho. 

Em entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, ele lembrou que a nova regra fiscal já havia sido aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado anteriormente. “Agora, finalmente, o Brasil quebrou as amarras daquele inexequível teto de gastos e tem uma regra nova. Essa nova regra vai permitir que a gente invista mais e reduza o endividamento do Brasil. A meta do governo federal é zerar o déficit em dois anos”. 

Arcabouço fiscal

A Câmara dos Deputados concluiu a votação do projeto do arcabouço fiscal (PLP 93/23) na noite de ontem. Na sessão, foram aprovadas três emendas do Senado ao novo regime fiscal para as contas da União, que vai substituir o atual teto de gastos públicos. A proposta será enviada à sanção presidencial.

Os parlamentares seguiram o parecer do relator, deputado Claudio Cajado (PP-BA), e deixaram de fora do limite de despesas do Poder Executivo os gastos com o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF) e com o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). 

Esses itens constam de duas emendas, aprovadas por 379 votos a 64. Outra emenda aprovada apenas fez ajustes de redação no projeto.

De acordo com o texto, as regras procuram manter as despesas abaixo das receitas a cada ano e, se houver sobras, elas deverão ser usadas apenas em investimentos, buscando trajetória de sustentabilidade da dívida pública.

Assim, a cada ano haverá limites da despesa primária reajustados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e também por um percentual do quanto cresceu a receita primária descontada a inflação.

Se o patamar mínimo para a meta de resultado primário, a ser fixado pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), não for atingido, o governo deverá, obrigatoriamente, adotar medidas de contenção de despesas.

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