BRASÍLIA - O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, condenou o assassinato do jornalista Fernando Villavicencio, ocorrido nessa quarta-feira (9), em Quito. Villavicencio era candidato a presidente do Equador e foi morto com três tiros na cabeça, depois de um comício. Pacheco emitiu uma nota de pesar e classificou o crime como “chocante episódio de lastimável violência política”. Para o presidente, o ato exige dos parlamentares brasileiros "uma grande reflexão sobre o rumo que nossa própria política poderá seguir nos anos vindouros”.
“Conforme venho ressaltando, o combate de ideias não pode e não deve jamais extrapolar o campo das ideias”, recomendou o presidente do Senado, nesta quinta-feira (10) no Plenário, lembrando que a "política é o contrário da guerra".
Durante a sessão especial na qual foi ouvido o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, nesta quinta, outros senadores também se manifestaram. O senador Sergio Moro (União-PR) classificou o assassinato de Villavicencio como lamentável. Segundo Moro, ele foi um jornalista ativo e, como parlamentar, se "manifestava de maneira veemente contra o narcotráfico, que é uma grande chaga, infelizmente, na América Latina".
Luis Carlos Heinze (PP-RS) também lamentou o ocorrido. Heinze disse que as drogas têm "tudo a ver com a questão desse assassinato no Equador". Flávio Bolsonaro (PL-RJ) registrou que Villavicencio era "uma pessoa que denunciava as grandes arbitrariedades acontecidas" no Equador, condenando o tráfico de drogas e a corrupção.
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Democracia
Pela rede social X (ex-Twitter), vários senadores também se manifestaram. Jaques Wagner (PT-BA) recebeu “com indignação a notícia do assassinato de Fernando Villavicencio, jornalista, ex-congressista e candidato à presidência do Equador”. Para o parlamentar, o episódio representa um grave ataque à democracia daquele país. Ele pediu que o assassinato seja punido, manifestou solidariedade ao povo do Equador e disse que o crime serve de alerta, pois "episódios de violência política como este estão se tornando cada vez mais constantes e não podem ser normalizados."
Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP) registrou que "em um ato brutal e covarde, que representa um atentado à democracia latino-americana, Fernando Villacencio foi assassinado ontem”. De acordo com o senador, o atentado deixa bem evidente os perigos do fanatismo político. “A luta pela democracia é internacional!", acrescentou Randolfe. Teresa Leitão (PT-PE) disse que é "triste e preocupante saber que o candidato a presidente do Equador, o jornalista Fernando Villavicencio, de centro-esquerda, foi covardemente assassinado ontem à noite, em Quito, ao sair de um comício”. Para a senadora, “quando um candidato é assassinado, a democracia também é atingida."
Magno Malta (PL-ES) alertou para a necessidade do que chamou de "escolhas certas" e manifestou seus sentimentos à família de Villavicencio."A América Latina está sendo dominada pelo narcotráfico e, por vezes, é difícil enxergar esse avanço tão claramente", afirmou o senador. Vanderlan Cardoso (PSD-GO) classificou como “absurdo e lamentável o assassinato do candidato à presidência do Equador, Fernando Villavicencio”. Vanderlan disse que ele era um combatente incansável contra o crime organizado. “Esperamos que se encontre quem mandou matar o político e que se acabe com essa violência”, concluiu.
Bandeiras
Fernando Alcibiades Villavicencio Valencia tinha 59 anos. Ele foi sindicalista e tinha como bandeiras a defesa dos trabalhadores, de indígenas e do meio ambiente. Também tinha um discurso destacado contra a corrupção. Autor de 10 livros, deixa cinco filhos.
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