BRASIL - O Banco Central (BC) anunciou nesta segunda-feira (7) o nome da primeira moeda digital brasileira: Drex. A instituição deve implementar a iniciativa no país até o final de 2024. Por enquanto, o projeto continua em fase de testes.
De acordo com o BC, a nova moeda virtual irá funcionar como uma representação do real, mas estará disponível apenas em plataformas digitais. Ela também seguirá os mesmos fundamentos e políticas econômicas que determinam o valor e a estabilidade do real convencional.
"Um Drex corresponde a um real. O objetivo principal é justamente reduzir os custos das operações bancárias e aumentar a inclusão financeira dos consumidores no mercado financeiro", afirmou o economista Danilo Pereira.
Diferente das criptomoedas, o Drex não terá variação de preço já que ele nada mais é do que uma nova expressão das cédulas físicas. O real digital atuaria como uma extensão das moedas físicas e sua distribuição será intermediada pelo Banco Central.
Apesar do foco da moeda virtual serem as transações financeiras, ela poderá ser trocada por cédulas e vice-versa.
"Nada mais é do você ter uma carteira digital e, em vez de ser reais, você tem o Drex", explica Pereira. "Ele não pode ser remunerado, ou seja, não posso aplicar o Drex na poupança. Ele é apenas um meio para fazer transações. Ele não é um meio para gerar valor na aplicação financeira, ele pode ser apenas utilizado como uma moeda de troca."
Por que a moeda virtual se chama Drex?
Segundo o Banco Central, o termo Drex é a junção de elementos de modernização.
"Na marca, desenvolvida pelo BC, a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: "d" e "r" fazem alusão ao Real Digital; o "e" vem de eletrônico e o "x" passa a ideia de modernidade e de conexão, do uso de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology - DLT), tecnologia adotada para o Drex, dando continuidade à família de soluções do BC iniciada com o Pix", informou o Banco Central em nota oficial.
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