Decoro

Ações contra Flávio Bolsonaro e Randolfe avançam no Conselho de Ética

Conselho de Ética decidiu dar prosseguimento a representações contra parlamentares por quebra de decoro.

Ipolítica, com informações de O Globo

Flávio Bolsonaro é alvo de representação no Conselho de Ética do Senado
Flávio Bolsonaro é alvo de representação no Conselho de Ética do Senado (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

BRASÍLIA - O Conselho de Ética do Senado Federal decidiu dar prosseguimento a representações contra os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Chico Rodrigues (PSB-RR), Jorge Kajuru (PSB-GO), Cid Gomes (PDT-CE), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Todos foram denunciados por suposta quebra de decoro e têm pedidos de cassação de mandatos na Casa. O colegiado já definiu os relatores dos processos contra os senadores. 

Na fundamentação contra Flávio Bolsonaro, há denúncia de "ligação forte e longeva com as milícias no Rio de Janeiro". Há também citações sobre investigações que citam suposta 'rachadinha' em relação ao período em que ele exercia mandato de deputado federal pelo Rio de Janeiro. 

A denúncia contra o filho do ex-presidente foi formalizada pelo pelos partidos PT, PSOL e Rede em 2020. A relatora do caso é a senadora Zenaide Maia (PSD-RN).

Já em relação ao senador Chico Rodrigues, a representação apontou o caso em que ele foi flagrado tentando esconder dinheiro nas nádegas durante uma operação da Polícia Federal. Na ocasião ele atuava como vice-líder do então presidente Jair Bolsonaro no Senado, mas hoje faz parte de um partido da base do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O relator é o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

Cid Gomes, por sua vez, virou alvo depois de fazer uma série de críticas ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), ainda em 2019, período em que Lira ainda não presidia a Casa e apenas liderava a bancada do PP. 

Cid era relator de um projeto sobre a partilha dos recursos pré-sal e reclamava da pressão de um bloco liderado na época por Lira. O senador chamou Lira de "achacador" e "projeto de Eduardo Cunha" em referência ao ex-presidente da Câmara. O senador sorteado para analisar a representação foi Davi Alcolumbre (União-AP), também ex-presidente.

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Arquivados

Outros dois pedidos para a abertura de representação foram protocolados contra o presidente do Conselho de Ética, Jayme Campos (União-MT). Estes, contudo, foram arquivados. 

Em 2020, o Pros, que hoje está incorporado ao Solidariedade, entrou com uma representação por Jayme ter agredido um cidadão que estaria tentando gravar uma entrevista com a então prefeita de Várzea Grande (MT), Sra. Lucimar, esposa do senador.

Os senadores Humberto Costa (PT-PE), Damares Alves (Republicanos-DF), Davi Alcolumbre e o ex-senador Paulo Rocha (PT-PA), atual superintendente da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), também tiveram as representações arquivadas.

O Conselho de Ética deve dar celeridade às ações somente depois do recesso parlamentar.

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