Crítica

Mourão volta a criticar 'Honras de Estado' a Maduro e cobra posição do Parlamento

Senador alertou os parlamentares sobre a importância de agir com responsabilidade e criticou visita de Maduro ao país.

Agência Senado

Hamilton Mourão criticou visita do ditador Nicolás Maduro ao país
Hamilton Mourão criticou visita do ditador Nicolás Maduro ao país (Pedro França / Agência Senado)

BRASÍLIA - O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) defendeu, em pronunciamento no Plenário nesta segunda-feira (5), que o Senado não se abstenha de debater a recepção, com honras de Estado, do governo brasileiro ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O senador convidou os demais senadores a "fiscalizar os rumos da política externa" do Brasil, para evitar que o país seja colocado do "lado errado da humanidade", e reiterou que as ações e as omissões do parlamento serão observadas e julgadas, em função do peso das responsabilidades constitucionais.

“O parlamento tem responsabilidades, meridianamente expressas na Constituição, quanto à política externa que o governo conduz [...]. O Brasil está do lado certo da história, onde sempre esteve. Livre e soberano, solidário aos seus vizinhos e resoluto no enfrentamento dos totalitarismos que ensanguentaram o século passado”, disse.

Mourão alertou os parlamentares sobre a importância de agir com responsabilidade, enfatizando que a "hora não é de nos escondermos nas conveniências, no partidarismo e nos conchavos", e enfatizou que no Brasil “não há mais espaço para autoritarismos e totalitarismos de qualquer natureza”.

“As ditaduras foram relegadas à história, e aqueles que vislumbram um futuro nelas devem compreender que a escolha é entre civilização e barbárie, um passado que já foi superado há muito tempo”, concluiu.

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Agressão

Na semana passada senadores haviam se manifestado sobre os relatos da agressão sofrida pela jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, que foi alvo de um soco por parte de um segurança no Palácio Itamaraty durante a visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. 

O gabinete de Segurança Institucional abriu uma sindicância para investigar de quem partiram as agressões. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, repudiou na ocasião, violência contra a imprensa.

“Manifesto expressamente o nosso repúdio à agressão sofrida pela jornalista Delis Ortiz na data de ontem. Hoje pela manhã eu encaminhei uma mensagem diretamente a ela manifestando a minha solidariedade, o meu repúdio a esse tipo de atitude, recebi dela a resposta e gostaria de me solidarizar em relação a jornalista Delis Ortiz, em relação à TV Globo, a toda a imprensa brasileira que evidentemente não pode sofrer qualquer tipo de ato dessa natureza”, disse.

Ele ressaltou que é preciso manter um ambiente de paz e de respeito, que permita a livre manifestação do pensamento e a liberdade de imprensa, fundamentos básicos da República, do Estado de direito e da democracia.

A fala de Pacheco veio após a manifestação do senador Magno Malta (PL-ES), que cobrou o repúdio do Senado ao episódio de agressão. Para ele, a agressão a qualquer pessoa seria grave, mas é ainda pior contra uma mulher.

“Peço a Vossa Excelência que se manifeste em nome desta Casa, em nome do Senado Federal, porque isso é de uma grosseria, é de uma infâmia que não tem como descrever. A infâmia já foi receber neste solo um ditador malvado. Seja quem fosse a mulher, quem fosse o jornalista, que fosse um homem, mas esse tipo de covarde não tem coragem de enfrentar um homem”, criticou Malta.

Para o senador Mecias de Jesus (Republicanos-RR), a solidariedade deve ser à jornalista e também ao povo brasileiro.

“Senhor presidente, também quero me juntar a Vossa Excelência, aos senadores e senadoras na mensagem de solidariedade à jornalista Deles Ortiz. Minha solidariedade também a todo o povo brasileiro, já que tivemos que juntos amargar essa vergonha de receber no território nacional um narcotraficante internacional chamado de presidente Maduro, um ditador da Venezuela que vergonhosamente foi recebido em nosso país”, disse o senador.

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