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Governo quer anunciar medida para baratear carro popular no Brasil

Lula afirmou no início do mês que preço de R$ 90 mil 'não é popular'. Nesta semana, governo conversou com montadoras para desenhar alternativas.

Ipolítica com g1

Lula afirmou no início do mês que preço de R$ 90 mil 'não é popular'.
Lula afirmou no início do mês que preço de R$ 90 mil 'não é popular'. (Marcello Casal Jr / Agência Brasil)

BRASÍLIA- O presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer baratear os valores de carros populares no Brasil. Nos últimos dias, representantes de ministérios e do setor discutiram possíveis alternativas para redução dos preços.

Lula manifestou a intenção de reduzir o preço do carro popular no Brasil no início do mês. Na ocasião, o presidente afirmou: “Qual pobre que pode comprar carro popular por R$ 90 mil? Um carro de R$ 90 mil não é popular”.

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No início da semana, representantes das montadoras se reuniram com o vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin. Governo e empresas discutiram algumas opções, ainda sem chegar a um formato final.

Os executivos frisaram para o governo que as montadoras já têm muita pouca margem de lucro nos carros populares e que, por isso, seria difícil reduzir os preços nas fábricas. A margem, segundo as empresas, são maiores nos carros mais caros.

Alckmin já sinalizou que o pacote também deve incluir medidas de apoio à indústria de caminhões.

Opções

O caminho defendido pela indústria é a possibilidade de os trabalhadores poderem sacar uma parte do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) -- 10% ou 15%, por exemplo. E usar esse valor para trocar o carro usado por um novo.

Isso poderia ser feito via medida provisória, caso haja consenso dentro do governo. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, porém, já disse ser "radicalmente contra" o uso do FGTS para esse objetivo.

Tributos

Também foi discutida uma eventual redução de tributos.

Na reunião entre governo e montadoras, foi ressaltado que o Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) um tributo federal já é reduzido para carros populares.

Para ser efetiva uma queda de impostos, as medidas precisariam envolver tributos recolhidos pelos estados, como o ICMS.

A alíquota de ICMS, porém, também já é reduzida para carros de passeio e qualquer queda de arrecadação precisaria ser compensada pela União, dizem fontes ligadas aos governadores. Isso passaria, portanto, por uma negociação com as secretarias estaduais de Fazenda.

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