BRASÍLIA - A diretora adjunta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Patricia Oliveira Pereira Tagliari, afirmou que o combate às notícias falsas é um desafio que terá de ser enfrentado pela sociedade para que, em outros surtos sanitários, não haja circulação de informações falsas que alarmem a população.
“Tivemos que lidar com muitas notícias falsas nesse período que ainda são muito consumidas. Até hoje, a gente dedica 20% do nosso tempo em tentar explicar e garantir para as pessoas que as vacinas [de covid-19] não são experimentais. A gente precisa ter uma estrutura legal que esteja preparada para uma próxima pandemia para lidar com o descrédito [da vacina]”, disse Patricia, durante o 7º Simpósio Internacional em Imunobiológicos, promovido pelo Instituto Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Para a especialista, é necessário um esforço para garantir que a mensagem correta seja entregue à população da forma mais transparente possível. Ela também defendeu uma educação interdisciplinar para que todos os profissionais da saúde entendam quão seguros os fármacos e a vacinas são.
O professor da Universidade do Estado do Colorado Alonso Aguirre afirmou que, surpreendentemente, muitos profissionais de saúde ajudaram na difusão de informações falsas sobre a vacina de covid-19 pelo fato de ela ter sido desenvolvida em menos de um ano.
Já a diretora-presidente do Instituto Todos pela Saúde, Mariângela Simão, destacou a necessidade de melhorar a enorme desigualdade na distribuição de vacinas e fármacos para os países mais pobres para o combate às epidemias. “Compartilhamento de tecnologia é um grande problema. Temos que fazer melhor para estarmos preparados para uma próxima pandemia”.
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