Legislativo

Pauta da Câmara deve ficar travada na próxima semana por causa de PLs do Governo

Pela Constituição Federal propostas que tramitam no regime de urgência passam a trancar a pauta da Câmara após 45 dias.

Ipolítica, com informações do g1

Atualizada em 30/04/2023 às 13h33
Pauta da Câmara está travada por causa de pedidos de urgência enviados pelo Governo Federal
Pauta da Câmara está travada por causa de pedidos de urgência enviados pelo Governo Federal (Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

BRASÍLIA - Pelo menos dois projetos de lei de autoria do Executivo no mês de março, com pedido de urgência, devem travar a pauta de votações da Câmara Federal a partir da próxima semana. 

Líderes da Casa pontuam que caso o governo não retire a urgência das matérias, as propostas vão inviabilizar as votações de outros projetos de interesse do Planalto – a exemplo do arcabouço fiscal, que cria novas regras fiscais para o país, e o projeto de lei de combate às fake news –, que está com votação prevista para a semana que vem.

Tecnicamente, os dois pedidos enviados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a chamada urgência constitucional, um instrumento que impõe prioridade para votações de projetos de iniciativa do Poder Executivo.

Pela Constituição Federal, propostas que tramitam neste regime passam a trancar a pauta da Câmara após 45 dias. Neste caso, apenas propostas que têm prazo constitucional determinado, como as medidas provisórias, podem ser votadas pelo plenário.

A urgência pode ser usada também para controlar a pauta da Casa, ou seja, o governo pode travar as votações que não sejam de seu interesse.

Caso o Executivo retire a urgência constitucional, ele pode enviar novamente o pedido nos mesmos projetos e a contagem de 45 dias recomeça do zero.

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Urgência
O Governo Lula enviou três peças, no dia 13 de março, com o pedido de urgência constitucional. Obrigatoriamente, os projetos passaram a trancar a pauta da Câmara na última sexta-feira (28).

Na primeira delas o governo já fez o pedido de retirada da urgência – o projeto de lei que cria o Dia Nacional Marielle Franco De de Enfrentamento da Violência Política de Gênero e Raça, a ser celebrado no dia 14 de março.

Um segundo projeto de lei, que trata da igualdade salarial e que pune empresas que remuneram menos as mulheres que desempenham a mesma função que os homens, está em tramitação. 

O terceiro projeto garante a atletas grávidas e puérperas o direito ao Bolsa-Atleta.

Segundo fontes no Planalto, até o momento o Executivo não pretende retirar o pedido de urgência desses dois projetos. O governo entende que poderia aprová-los já na próxima terça-feira (25).

Até o momento, contudo, as duas peças não avançaram na Casa. 

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