Demissão no governo

Alckmin diz que Dias fez o correto ao pedir demissão do GSI

Vice-presidente da República disse ainda que o general explicou à Polícia Federal que estava com dificuldades de comando no dia 8 de janeiro.

Ipolítica

Geraldo Alckmin comentou a demissão do general Gonçalves Dias do GSI
Geraldo Alckmin comentou a demissão do general Gonçalves Dias do GSI ( Foto: José Cruz/Agência Brasil)

BRASIL - O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse, neste sábado (22), que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias fez o correto ao pedir demissão.

Ele estava no Palácio do Planalto quando foi questionado sobre o depoimento de Dias à Polícia Federal (PF) para dar explicações sobre a atuação do GSI durante os atos criminosos de 8 de janeiro. “Ele [Gonçalves Dias] explicou que naquele momento estava com dificuldade de comando, enfim, vamos aguardar”, disse Alckmin.

O pedido de demissão de Dias ocorreu na quarta-feira (19), depois que imagens foram divulgadas mostrando o ex-ministro no Palácio do Planalto durante o ataque aos Três Poderes.

Gonçalves Dias era tido como um militar próximo do presidente, por ter atuado em sua segurança pessoal durante os primeiros mandatos, de 2003 a 2009, e também durante a campanha de Lula para as eleições de 2022.

O general se torna o primeiro ministro do governo de Lula a deixar o cargo.

Depoimento à PF

Dias respondeu a todas as perguntas feitas pela PF e disse que não tem responsabilidade sobre os crimes que ocorreram durante o ataque aos Três Poderes. Ele também teria afirmado que não foi omisso e que agiu para impedir os atos.

O depoimento durou cerca de quatro horas e meia e ele partiu sem falar com a imprensa.

Gonçalves Dias se mostrou disposto a colaborar com a Polícia Federal no que for preciso durante as investigações.

NA sexta-feira (21), Cappelli começou a se reunir com os departamentos da pasta, apesar do feriado em Brasília pelo aniversário da cidade.

O objetivo é levantar informações sobre como o GSI funciona e quem são os militares carimbados pelo bolsonarismo, que continuam trabalhando na estrutura, em quem o governo considera que não pode confiar. A decisão final será do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre as possibilidades, há desde o fim do GSI à implementação de um modelo misto de gestão, com a participação de civis e militares.

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