ARACRUZ - O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu uma propriedade da Suzano, em Aracruz, no Espírito Santo. A mobilização iniciou-se na madrugada desta segunda-feira (17).
Os invasores alegam que a área é patrimônio do Governo do Estado e que estaria sendo grilada há anos pela antiga Aracruz Celulose, que foi incorporada pela Suzano.
“A informação partiu do IDAF (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal) na qual aponta que a Aracruz Celulose, atual Suzano, grila terra no estado há mais de três décadas, nos municípios de Serra, Aracruz, Linhares, São Mateus e Conceição da Barra. Chegando no total de mais de 11 mil hectares”, diz uma nota do MST.
“Queremos essas áreas para a Reforma Agrária, produzir alimentos saudáveis e acabar com a fome. Essas áreas podem assentar mais de mil famílias, se o governo do estado através do Incra destinar a criação de assentamento da reforma agrária.”
A Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e a Suzano informaram à CNN que devem entrar com pedido de reintegração de posse da área ocupada.
No início de março, o MST ocupou três fazendas de monocultivo de eucalipto da empresa Suzano, em Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no sul do estado da Bahia.
A reintegração de posse das três fazendas ocorreu pouco mais de uma semana depois da invasão das propriedades. A saída dos locais, em cumprimento a uma decisão da Justiça, ocorreu de forma pacífica e organizada.
Belo Horizonte - Em Belo Horizonte, outro movimento de invasores do MST. Também nesta segunda, cerca de 400 do movimento iniciaram a ocupação da superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Minas Gerais.
Segundo o MST, a ação faz parte da 26ª Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que ocorre em todo o Brasil neste mês de abril. A data marca os 27 anos do Massacre de Eldorado do Carajás, no qual 21 agricultores foram mortos.
Veja a nota da Suzano abaixo:
NOTA IMPRENSA -
Em decorrência da invasão ilegal promovida no dia 17/04 pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em duas áreas produtivas localizadas no município de Aracruz, no Espírito Santo, a companhia ingressou na mesma data com ação judicial buscando a reintegração de sua posse. A Justiça já concedeu decisão favorável à empresa, o que reforça a ilegalidade das invasões, e agora a empresa aguarda o cumprimento da decisão judicial.
A empresa sempre esteve aberta ao diálogo com o MST, enquanto ele esteve pautado no cumprimento das leis e no respeito à propriedade privada.
A companhia também reforça que cumpre integralmente as legislações ambientais e trabalhistas aplicáveis às áreas em que mantém atividades, tendo como premissas em suas operações o desenvolvimento sustentável e a geração de valor e renda, reforçando assim seu compromisso com as comunidades locais e com o meio ambiente.
Assessoria de imprensa da Suzano
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