Congresso Nacional

Lula cobra resolução de impasse sobre rito das MP's

Lira e Pacheco divergem há mais de um mês, sobre qual será o rito para a análise das MPs no Congresso.

Ipolítica com g1

Atualizada em 06/04/2023 às 14h42
Questionado durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que existe uma divergência entre os presidentes das Casas, mas que acredita na resolução do problema uma vez que o Brasil não pode ficar parado.
Questionado durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que existe uma divergência entre os presidentes das Casas, mas que acredita na resolução do problema uma vez que o Brasil não pode ficar parado. (Marcelo Camargo / Agência Brasil)

BRASÍLIA- Nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cobrou que os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), cheguem a um acordo sobre o rito de tramitação das medidas provisórias e outros impasses na relação entre as duas Casas.

Lira e Pacheco debatem em público e no privado, há mais de um mês, qual será o rito para a análise das MPs no Congresso. Para o presidente da Câmara, o modelo adotado durante a pandemia deve permanecer. Já Rodrigo Pacheco defende a volta das comissões mistas.

Em março, durante sessão no Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu que o Congresso Nacional voltaria ao rito antigo de comissões mistas para analisar as medidas provisórias. Na época, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues disse que o Palácio do Planalto era favorável ao modelo, e defendeu a decisão.

Questionado durante café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto, Lula disse que existe uma divergência entre os presidentes das Casas, mas que acredita na resolução do problema uma vez que o Brasil não pode ficar parado. “Tive oportunidade de conversar [com eles] e eu tenho certeza que os dois vão se colocar de acordo, para começar a votar coisa que precisa ser votada. Porque o país não pode ficar parado", afirmou.

O presidente disse ainda que sente que não sente "dificuldades" no Legislativo e que a base aliada do governo ainda não passou por nenhum grande teste."Eu até hoje não senti nenhuma dificuldade com o Congresso Nacional. Eu não era presidente ainda e nós conseguimos aprovar a PEC [da Transição], que parecia ser impossível e foi aprovada. Nós ainda não tivemos um teste", avaliou.

"É muito difícil você pensar em um sistema de coalizão política com a quantidade de partidos que nós temos. É muito mais fácil você fazer coalizão num mundo que tenha três, quatro partidos políticos. Mas com 30 partidos políticos, é muito complicado você fazer coalizão porque é muita gente para você conversar", seguiu analisando o presidente.

Segundo Lula, esse "teste" da base aliada virá na votação de projetos como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que demandam grande apoio de parlamentares e podem sofrer grandes alterações durante a tramitação.

'Vamos esperar, por exemplo, a politica tributária que é o teste para o Brasil, não é um teste pro governo, e vamos ver o que vai acontecer. Eu vou te dizer antecipadamente. Eu tenho certeza que vai ser aprovada uma política tributária que tente resolver em parte do problema da tributação desse país", declarou.


 



 



 

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