SÃO LUÍS- O Ministro das Comunicações Juscelino Filho (União Brasil), empregou na Câmara dos Deputados um piloto particular e o gerente de seu haras, em Vitorino Freire (MA). Eles estavam nomeados no gabinete de Juscelino até o início deste ano, quando o então deputado se licenciou da Casa para fazer parte do governo do presidente Lula. 

Klennyo Ribeiro, gerente do haras da família de Juscelino, foi nomeado em 2016 e é considerado homem de confiança do ministro. Ele recebia salário de R$ 7,8 mil pagos com dinheiro público. 

O piloto Leumas Rendder Campos Figueiredo foi contratado em 2018 após prestar serviço para Juscelino na campanha daquele ano. Ele se recusou a detalhar ao Estadão seu trabalho na Câmara, mas recebe R$ 10,2 mil.

Suplente de Juscelino Filho na Câmara, Dr Benjamim (União Brasil-MA) manteve ambos no cargo, mesmo não tendo aras e nem avião.

Em nota ao Estadão, o ministro Juscelino defendeu as nomeações. "Prestam suas atividades com zelo, profissionalismo e regularidade, no apoio à atividade parlamentar em Brasília e no Estado, seja presencialmente, seja em modelo híbrido ou remoto na pandemia".

Restrição

O manual de requisitos e impedimentos para a posse de funcionários de gabinetes da Câmara proíbe expressamente a nomeação de comissionados que sejam administradores ou gerentes de empresas.

Juscelino também contratou no seu gabinete sua tia. Mara Bringel foi lotada de 2020 a 2021. Assim que ele virou ministro, ela foi substituída pelo marido, Pedro Bringel, irmão da mãe do ministro, com salário de R$ 3 mil.

 

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