Prevenção

Teste molecular para detecção de HPV vai ser incluído no SUS

Ação faz parte da estratégia do Ministério da Saúde para prevenção e eliminação do câncer do colo do útero.

Portal Brasil 61

As principais estratégias consistem na prevenção da doença via vacinação.
As principais estratégias consistem na prevenção da doença via vacinação. (Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - Nesta semana foi lançada pelo Ministério da Saúde a estratégia nacional para prevenção e eliminação do câncer do colo do útero. O projeto piloto será realizado em Recife, onde aconteceu a cerimônia de lançamento. O objetivo é controlar e eliminar o câncer de colo de útero, também conhecido como câncer cervical. Participaram da cerimônia na capital pernambucana o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde Nísia Trindade.

As principais estratégias consistem na prevenção da doença via vacinação - algo que já faz parte no calendário de imunização de adolescentes entre 9 e 14 anos e pessoas imunossuprimidas - e na inclusão do teste molecular para detecção do HPV, vírus sexualmente transmissível causador da doença, no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o Ministério da Saúde reforça a importância do uso de preservativo como uma das formas mais eficazes de prevenção.

A ginecologista e especialista em fertilidade Tatianna Ribeiro explica como funciona o teste. “As técnicas moleculares têm sido muito utilizadas no diagnóstico do HPV, apresentando uma boa sensibilidade e especificidade. Dentre estas técnicas mais comuns estão o Painel de Hibridização in situ, que possui a capacidade de localizar o DNA viral no tecido, a Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) capaz de determinar carga viral e estado físico do vírus, e a Captura Híbrida, considerada padrão ouro, que detecta tipos específicos do vírus e também determina sua carga viral”, explica a especialista.

Ribeiro também alerta que o exame de Papanicolau permite ver alterações celulares que podem surgir diante da infecção pelo vírus, mas não permite diagnosticar o vírus HPV. Por isso as técnicas moleculares são necessárias. 

A sexóloga Gabriela Vilhena, de 26 anos, teve diagnóstico de HPV ao observar algumas lesões na região do períneo. Por saber que já havia tido contato com o vírus por meio de um parceiro, foi ao médico e teve o diagnóstico. Ela comenta os cuidados que tem de tomar desde então: “No meu caso, eu tenho um tipo de HPV que é externo, então é mais tranquilo de cuidar. Preciso tomar sempre cuidado com a alimentação, manter um estilo de vida mais saudável. Não posso me descuidar completamente da saúde para não ter perigo de aparecer novas lesões”

Causado pelo vírus do HPV, o câncer de colo de útero é o quarto tipo mais comum entre a população feminina, com 17 mil casos registrados em 2023. Pelo menos 6 mil brasileiras morrem anualmente por causa da doença. Retomar as altas coberturas vacinais no país para todos os imunizantes que compõe o Calendário Nacional de Vacinação é prioridade do Ministério da Saúde. Atualmente, a meta é vacinar 90% do público-alvo. Em 2022, porém, apenas 75% foi imunizado.

Inicialmente está previsto um investimento de R$ 18 milhões na expansão do projeto piloto de Recife para o estado de Pernambuco. Em um segundo momento a iniciativa será ampliada para todo o Brasil. 

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