SÃO PAULO - O promotor de Justiça do estado de São Paulo, Linconln Gakiya, membro do Grupo de Atuação Especial para Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do município de Presidente Prudente, afirmou que o plano de assassinato contra o senador e ex-juiz federal Sergio Moro (União) foi identificado por meio de um depoimento colhido de uma testemunha em investigações no final do mês de janeiro.
A facção usava o codinome “Tóquio” para se referir a Sergio Moro.
"Não é surpresa para mim. Convivo com isso há mais de 4 anos. Desde que fiz a remoção (de Marcola, líder da facção, para o presídio federal), minha vida virou de cabeça para baixo. Quase mensalmente tem um plano para me matar", disse o promotor.
Segundo o promotor de Justiça, as lideranças da facção estavam incomodadas com o fim da visita íntima nos presídios federais. A medida foi adotada no período em que Moro era ministro da Justiça no governo Bolsonaro (PL).
"Os presos odeiam o Moro por causa disso. Por causa da portaria que proíbe isso no sistema federal. A ordem veio de lá. Creio que queriam um sequestro, mas poderia ser execução também", prosseguiu.
Depois de colher depoimento no âmbito do Ministério Público, o promotor acionou a Polícia Federal e a polícia legislativa do Senado.
Em janeiro deste ano a PF deu início às investigações. O promotor explicou que há no PCC um núcleo que trabalha com sequestros e pedidos de resgaste e outro núcleo conhecido como “departamento de homicídios e atentados”.
Ele explicou que para colocar o plano em prática, os bandidos alugaram casas e chácara próximas ao endereço de Sergio Moro e passaram a monitor a rotina do ex-juiz.
"Sou mais um dos alvos. Mas minha maior surpresa foi ser também contra o Moro", disse.
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