BRASIL - Os preços dos medicamentos devem subir cerca de 5% a partir de 1° de abril em todo o Brasil. O limite do reajuste, que foi estabelecido pelo governo, pode ser repassado pelas farmácias de uma vez ou ao longo do ano.

Neste ano, a indústria avalia que a alta seja determinada pela inflação do período, que foi de 5,6%. De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos, o preço dos medicamentos subiu 76,79% em 10 anos, valor abaixo da inflação acumulada, que é de 90,24%.

Por ser idosa, a aposentada Socorro Garcia precisa de muitas medicações por mês, por isso os gastos com a farmácia não são baratos. "Eu gasto mais de R$ 500 de remédios por mês. É muito difícil, pois parte da minha aposentadoria é só para esses gastos."

A medicação mais barata que ela utiliza custa R$ 60, já a mais cara chega a R$ 180. "O idoso precisa muito, então devia ter um desconto bem acessível para que a gente possa comprar os remédios", complementa.

A aposentada Vanda Coelho gasta em torno de R$ 700 em medicamentos por mês. “Esse aumento impacta muito, pois são remédios de uso contínuo, ou seja, eu não paro nunca de usá-los. Então, qualquer aumento que venha tem um impacto muito grande e ninguém nunca mais teve aumento salarial”, conta.

Em 2022, o reajuste médio determinado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) foi de 10,89%. Alguns remédios tiveram aumento em até 18% em todo o país. 

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