CPI

Senador questiona resistência do governo à CPI do 8 de janeiro

Para Eduardo Girão, o governo Lula tem medo de que “a verdade seja revelada” à sociedade.

Ipolítica, com informações do Senado

Eduardo Girão defendeu criação de uma CPI mista no Congresso Nacional
Eduardo Girão defendeu criação de uma CPI mista no Congresso Nacional (Waldemir Barreto/Agência Senado)

BRASÍLIA - O senador Eduardo Girão (Novo-CE) utilizou a tribuna do Senado Federal para questionar o fato de o Governo Federal ter atuado no Congresso Nacional contra a criação e instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigará os atos ocorridos em 8 de janeiro na praça dos Três Poderes, no Distrito Federal. 

Para Girão, o governo Lula tem medo de que “a verdade seja revelada”. Ele afirmou que o ataque ocorreu nas duas Casas do Congresso Nacional, o que daria legitimidade para que a CPI seja mista — ou seja, composta por deputados federais e senadores.

“Os atos deploráveis de vandalismo, de depredação, aconteceram aqui, no Senado, e na Câmara dos Deputados”, disse.

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Há no Congresso dois pedidos de CPI sobre 8 de janeiro: uma somente para o Senado e outra mista.

Girão destacou a notícia de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria avisado o governo da possibilidade dos ataques.

“Por que o governo Lula, que no início se vitimizou, dizendo que era o principal prejudicado daqueles deploráveis atentados, não quer a investigação em uma comissão legítima, que é a mista, já que as duas Casas foram invadidas? Fica a pergunta. Por que ele não quer essa investigação? Será que é porque a Abin, segundo a Folha de São Paulo e outros veículos de comunicação que deram esse furo, avisou para 48 órgãos federais que o objetivo daqueles atos do dia 8 de janeiro era destruir mesmo fisicamente os prédios públicos daqui da Praça dos Três Poderes; Senado, Câmara, STF [Supremo Tribunal Federal] e Palácio do Planalto? Será que é porque a mídia deu essa revelação? E aí ficou estranho, pois o governo não quer mais investigar”, pontuou.

O também afirmou que o governo ameaça não repassar emendas aos deputados favoráveis à CPI mista, a não ser que eles retirem suas assinaturas do pedido de abertura da comissão.

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