BRASÍLIA - A Polícia Federal negou ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acesso ao inquérito das joias. A justificativa dada pela PF é de que o ex-presidente não é investigado no caso.
"Trata-se de investigação que corre sob sigilo. O interessado não consta como investigado até o momento", disse o delegado da PF Adalto Machado à defesa do ex-presidente.
O delegado enviou mensagem em resposta a um pedido dos advogados do ex-presidente para ter acesso às informações que constam nas investigações da polícia.
Paulo Cunha Bueno foi quem se apresentou como advogado de Bolsonaro e formalizou o pedido. Ele disse que o ex-presidente enviaria ao Tribunal de Contas da União (TCU), como fiel depositário, as joias que ficaram com ele.
O inquérito apura a tentativa de uma comitiva do governo Bolsonaro de trazer ao Brasil em 2021, sem declarar às autoridades, um conjunto de joias.
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Os itens foram presentes da Arábia Saudita para a comitiva brasileira. Parte, avaliada em R$ 16,5 milhões, acabou apreendida pela Receita Federal no Aeroporto de Guarulhos. O governo Bolsonaro tentou recuperá-las antes do então presidente embarcar para os Estados Unidos, mas não conseguiu
Outra parte, de R$ 500 mil, entrou no Brasil sem ser detectada na alfândega e foi entregue a Bolsonaro, contrariando o entendimento do TCU, que estabelece que presentes do tipo devem ficar com o Estado, e não com o ex-mandatário. Após o caso vir à tona, Bolsonaro prometeu entregá-las ao TCU.
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