Operação Ptolomeu III

Governador do Acre é investigado pela PF

Operação 'Ptolomeu III' mira cúpula do governo estadual; g1 tenta contato com alvos. Ação envolve PF, PGR, Receita e CGU; mandados são cumpridos em AC, AM, GO, PI, PR, RO e no DF.

Ipolítica

Gladson Cameli é governador do estado do Acre
Gladson Cameli é governador do estado do Acre (Jefferson Rudy/Agência Senado)

BRASÍLIA - O governador do estado do Acre, Gladson Cameli (PP), é alvo de investigação da Polícia Federal (PF), no bojo da Operação Ptolomeu III, desencadeada nesta quinta-feira nos estados do Acre, Piauí, Goiás, Paraná, Amazonas e Rondônia.  

Todos os investigados na operação, de acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), praticavam fraudes em contratações públicas no Acre com “com recursos da saúde, da educação e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), relacionadas à execução de obras de infraestrutura e serviços de manutenção predial”.

De acordo com a PF, R$120 milhões em bens de investigados foram bloqueados. Aeronaves, casas e apartamentos de luxo foram apreendidos. 

Gladon Cameli foi proibido de se ausentar do país e terá que entregar o passaporte em até 24 horas. Ele também não poderá ter contato com outros investigados no caso.

Além da PF e da CGU, a Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Receita Federal também contribuíram com as investigações. 

A Operação Ptolomeu III tem por objetivo desarticular organização criminosa envolvida em ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados à cúpula do Governo do Estado do Acre.

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Desdobramento

A investigação tramita no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e constitui desdobramento das fases I e II, deflagradas no ano de 2021, quando foi identificada organização criminosa, controlada por agentes políticos e empresários ligados ao Poder Executivo Estadual acreano, que atuavam no desvio de recursos públicos, bem como na realização de atos de ocultação da origem e destino dos valores subtraídos, através da lavagem de capitais.

Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes. Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.

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