SALVADOR - O juiz Mário Soares Caymmi Gomes, da 12ª Vara das Relações de Consumo em Salvador (BA), gerou uma forte polêmica ao decidir abrir um edital público para a seleção de estagiários do curso de Direito que permite a inscrição apenas de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+.
Segundo o edital, são apenas três vagas em aberto, para estudantes que se encaixem no critério sexual e estejam cursando pelo menos o quinto semestre.
O texto veta expressamente a participação de heterossexuais cisgênero. O magistrado justifica a decisão como uma “medida afirmativa de promoção da diversidade de gênero e de orientação sexual no âmbito do Poder Judiciário do Estado da Bahia”.
Nas redes sociais, o juiz passou a ser alvo de ataques. Em entrevista a um portal baiano, o deputado estadual Robinho (PP) classificou a medida como uma “inversão de valores”.
“É uma inversão de valores. Todo mundo tem direito de ter sua opção de vida, opção sexual, todo mundo tem direito, agora exclusividade para um seleção aí é inversão de valores. Estão tentando implantar o separatismo: separando o gay do do hétero, separando o negro do branco; eu sou contra isso, isso é muito triste eu acho que todo mundo pode conviver na sociedade com harmonia: o cara que é gay pode conviver no meio de um homem, o cara que é negro pode conviver no meio de branco; agora ter exclusividade para trabalho, estágio que é só para negro, é só para gay, não pode ter hétero; pô, aí é uma aberração, é a inversão de valores institucionalizada”, criticou.
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