Atos antidemocráticos

Maior erro foi permitir que ônibus com golpistas entrassem em acampamento no DF, diz Múcio

José Múcio disse que não se arrepende de ter dito, na véspera, que atos até então eram democráticos.

Ipolitica com informações do g1

Atualizada em 24/01/2023 às 16h15
Maior erro foi permitir que ônibus com golpistas entrassem em acampamento no DF, diz Múcio
Maior erro foi permitir que ônibus com golpistas entrassem em acampamento no DF, diz Múcio (Alter Campanato/ABr)

BRASÍLIA - O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, afirmou na manhã desta terça-feira (24) que o erro das Forças Armadas na véspera dos atos golpistas de 8 de janeiro foi permitir que os passageiros de ônibus fretados entrassem no acampamento em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília. 

Segundo Múcio, isso permitiu que os cerca de 200 bolsonaristas radicais que ocupavam a frente do QG se "multiplicassem", gerando a multidão golpista que depredou as sedes dos Três Poderes da República naquele domingo.

"Se você perguntar qual foi o erro, que é uma ótima pergunta, foi ter-se permitido que as pessoas que vieram nos 130 ônibus para Brasília pudessem entrar no acampamento. Se tivessem ficado do lado de fora, numa praça qualquer, o problema era do GDF. Como entrou no território do Exército, parece que aqueles 200 se multiplicaram, viraram 5 mil e aconteceu aquela vergonha" declarou. 

De acordo com José Múcio, que não se arrepende de ter dito, dias antes dos atos de terrorismo na Esplanada, que as manifestações na frente dos quartéis militares eram democráticas."Quando eu disse 'democráticos'. Se eu vim para conversar, não podia dizer 'vou discutir com bandidos, com vândalos'. Eu tinha que criar um link qualquer para criar um vínculo de confiança. Não me arrependo, não" afirmou.

O ministro esteve reunido com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin nesta terça feira. Eles conversaram sobre aportes para projetos de modernização das forças armadas. O assunto começou a ser discutido em uma reunião do ministro com o presidente Lula e os comandantes das Forças Armadas.


 

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