BRASÍLIA - O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro cancelou a sua ida à Argentina, e consequentemente, o encontro que estava marcado com o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por medo de ser preso e ter a sua aeronave confiscada.
Ele participaria da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). A alegação de Maduro é de que havia um plano de agressão contra sua delegação.
“Nas últimas horas fomos informados de um plano elaborado no cerne da direita neofascista cujo objetivo é realizar uma série de agressões contra nossa delegação liderada pelo presidente da República”, afirmou o governo venezuelano, justificando a ausência de Maduro na reunião com Lula (Brasil), Luis Arce (Bolívia), Gabriel Boric (Chile), Xiomara Castro (Honduras), Mario Abdo Benítez (Paraguai) e Gustavo Petro (Colômbia).
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Ordem de prisão
Ocorre que existe uma ordem de prisão internacional contra o chefe de Estado chavista expedida pelos Estados Unidos e, justamente por isso, o presidente só viaja para outro país quando tem a certeza de que não será capturado pelas autoridades locais.
“Se Maduro não viajar à Argentina é porque não teve garantias de que não seria capturado e enviado aos EUA. É preciso avaliar, também, a rota que o avião fará para chegar em território argentino e se vai atravessar outros países, para se ter a garantia desses países de que o avião pode passar e não será obrigado a aterrissar. É preciso ter tudo isso em conta para viajar”, explicou ao jornal Estado de S. Paulo o tenente venezuelano José Antonio Colina, que fugiu da Venezuela em 2004 e vive nos EUA.
Nicolás Maduro é acusado de crimes de lesa-humanidade na Venezuela.
O país vive sob miséria extrema e com repressão aos direitos e liberdades individuais.
Centenas de milhares de venezuelanos deixaram o país nos últimos meses, com medo da repressão e por causa da fome.
Muitos se espalharam por vários estados do Brasil. No Maranhão, venezuelanos ficam concentrados em São Luís, como pedintes em semáforos e praças públicas.
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