Saúde e tecnologia

Câncer de próstata: uso de inteligência artificial torna detecção da doença mais eficiente

De acordo com dados do INCA, mais de 65 mil novos casos foram diagnosticados ano a ano, entre 2020 e 2022.

Portal Brasil 61

Atualizada em 13/01/2023 às 08h33
Evolução da tecnologia com a inteligência artificial resultou na capacidade da detecção do câncer.
Evolução da tecnologia com a inteligência artificial resultou na capacidade da detecção do câncer. (Foto: Rodolfo Tiengo/g1)

BRASÍLIA - Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que mais de 65 mil novos casos de câncer de próstata foram diagnosticados a cada ano, entre 2020 e 2022. Os homens mais propensos a desenvolverem o tumor são aqueles com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade. 

O médico patologista do Grupo Oncoclínicas, Leonard Medeiros, é líder de uma pesquisa que identificou que o diagnóstico da enfermidade se tornou mais preciso a partir da utilização da inteligência artificial. O estudo, denominado “Aplicação independente no mundo real de um sistema automatizado de detecção de câncer de próstata de nível clínico”, mostra que o processo ganhou eficiência com a nova tecnologia.

“Com a introdução da inteligência artificial, em vez de essa análise ser feita através de um microscópio, ela pode ser feita na tela de um computador. Nós somos capazes de digitalizar a imagem daquele tecido prostático e um software de computador auxilia na interpretação dessa imagem digitalizada”, destaca o médico.

O câncer de próstata é um tumor que afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É o tipo de câncer mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele. 

O especialista conta que a evolução da tecnologia com a inteligência artificial resultou na capacidade da detecção do câncer em pequenas áreas, diminuindo a possibilidade de um falso negativo.

“A utilização desse software trouxe a possibilidade de detectar áreas menores do câncer de próstata na biópsia. Áreas que eventualmente poderiam não ser detectadas pelo médico patologista no microscópio, por serem muito pequenas ou por conta da natureza humana e do processo de análise. Hoje, nós conseguimos detectar com mais acurácia, mais celeridade e mais rapidez pequenas áreas de tumor, e isso reduz o que a gente chama na prática médica de resultado falso negativo. Que é uma situação onde o câncer está presente na lâmina, mas não foi detectado por aquele método utilizado”, completa. 

De acordo com a pesquisa, a inteligência artificial proporcionou uma redução estimada de 65,5% no tempo de diagnóstico do material analisado. 

 

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