BRASÍLIA - Cotado para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino (PSB) condenou neste domingo (27), em entrevista ao Canal Libre, da TV Banda, o que chamou de “mutilação” do Estatuto do Desarmamento promovida por decretos do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Para ele, o próximo governo atuará não para fechar clubes de tiros, mas para combater fraudes envolvendo colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs).
“Fechar os clubes [de tiros]? Não. Os clubes podem existir, mas uma pessoa pode fraudar o porte de trânsito e dizer que está indo ao clube, mas, na verdade, está indo ao bar, armado e com munição? Não. Isso não está na lei", afirmou.
Para justificar a ação do próximo governo contra a “cultura do armamento”, o ex-governador do Maranhão disse que, por parte de alguns grupos de CACs, há o desvio de armas de fogo, multiplicação das milícias e fraudes nos sistemas informatizados. Na entrevista, Dino também ponderou sobre a manutenção do armamento para as forças de segurança e para pessoas residentes em lugares ermos e que não têm acesso à segurança do Estado.
“O Estatuto do Desarmamento foi mutilado por decretos e portarias, usando uma avenida de fraude chamada CACs. É isso que vamos mexer. Forças de segurança? OK. Pessoas em locais ermos, pessoas que, objetivamente, tenham alguma dificuldade de o Estado prover segurança... Agora, CACs que estão se prestando à multiplicação de milícias privadas, desvios de armas de fogo, inclusive para quadrilhas, fraudes nos sistemas informatizados de controle, como nós vimos em vários estados.., É nisso que vamos mexer”, analisou o senador eleito.
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