BRASÍLIA - O presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), comentou na manhã desta quarta-feira (22) a prisão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, no bojo de uma fase ostensiva da investigação sobre o ‘gabinete paralelo’ instalado no Ministério da Educação, à época em que era chefiado por ele.
Segundo a investigação, durante a gestão Ribeiro houve favorecimento de pastores na distribuição de verbas da pasta. O caso foi revelado pelo Estadão.
“Nós afastamos ele [Milton Ribeiro]. Se tem prisão, é Polícia Federal. É sinal de que a Polícia Federal está agindo. Ele responda pelos atos dele. É um sinal de que eu não interfiro na PF. Se prendeu, tem um motivo. Se alguém faz algo de errado, vai botar a culpa em mim?”, disse.
Milton Ribeiro foi preso na cidade de Santos, litoral do estado de São Paulo, no âmbito da operação Acesso Pago, que investiga tráfico de influência e corrupção na liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao Ministério da Educação.
O ex-ministro é investigado por suspeita de corrupção passiva; prevaricação (quando um funcionário público 'retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício', ou se o pratica 'contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal'); advocacia administrativa (quando um servidor público defende interesses particulares junto ao órgão da administração pública onde exerce suas funções); e tráfico de influência.
Durante transmissão ao vivo, ainda no início do ano, quando das descobertas de possíveis irregularidades na gestão Milton Ribeiro, Bolsonaro chegou a dizer que botava “a cara no fogo” pelo então auxiliar e que as denúncias contra o ex-ministro eram "covardia".
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