Prevenção

Saiba como evitar acidentes com fogos de artifício e fogueiras nas festas juninas

Corpo de Bombeiros alerta para o aumento de ocorrências envolvendo queimaduras e explosões nesta época do ano.

Imirante, com informações do Brasil 61

Atualizada em 12/06/2022 às 08h07
Acenda a fogueira em locais abertos.
Acenda a fogueira em locais abertos. (Divulgação/DPE-MA)

BRASÍLIA - Com a volta das festas juninas após dois anos de pandemia, não custa lembrar que duas das maiores diversões dos festejos populares podem acabar se transformando em pesadelo: a fogueira e os fogos de artifício. Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), nesta época do ano há um aumento considerável no número de ocorrências envolvendo queimaduras e explosões. E na maior parte dos casos, seguir orientações são suficientes para se evitar os incidentes.

De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), o manuseio inadequado de fogos de artifício levou à internação hospitalar mais de cinco mil pessoas em um período de 10 anos, entre 2008 e 2017, antes da pandemia. Em 21 anos foram registradas 218 mortes. Ainda segundo a pesquisa, apenas no mês de junho são registradas nos serviços públicos de saúde cerca de 80 internações.

Segundo os bombeiros, o primeiro cuidado é adquirir os fogos de artifício em um estabelecimento licenciado, observar o selo do Inmetro no produto, solicitar informações com o vendedor de como proceder e sempre ler com cuidado as instruções. Como apenas maiores de 18 anos podem fazer a compra e a soltura dos fogos, a indicação é que essa pessoa não tenha consumido bebidas alcoólicas no momento do uso. Segundo o bombeiro militar, a escolha de onde soltar os fogos também é importante.

A orientação também é para que o responsável pela soltura não realize brincadeiras, como apontar para alguém ou colocar bombas em latas. Sempre deve-se fazer o uso de uma base própria ou do próprio suporte fornecido na embalagem, principalmente em relação aos rojões. 

Em caso de falha do dispositivo – quando se acende o pavio, mas os fogos não funcionam –, é preciso aguardar e, após isso, inutilizar o dispositivo. 

O Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão (CBMMA), por meio da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT), cumpre uma agenda intensa de inspeções em arraias da cidade. Como órgão integrante da segurança pública, o CBMMA iniciou os trabalhos de planejamento e análise dos projetos de arraiais há pelo menos 30 dias.

Itens como extintores de incêndios, distâncias mínimas de separação entre as barracas de palha, isolamento da rede elétrica, espaço delimitado para queima de fogos, saídas de emergências, condições especiais para uso do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), popularmente conhecido como gás de cozinha, são exigidos pelos militares.

Cuidado com as fogueiras

As fogueiras quase sempre estão presentes nas festas juninas e, ao contrário do que se imagina, também oferecem grandes riscos caso os responsáveis não sigam certas orientações. Segundo o capitão do Corpo de Bombeiros, é preciso escolher a localização com cuidado e evitar brincadeiras próximo ao fogo.

Em caso de acidentes

No caso de alguém se ferir na fogueira ou com fogos de artifício, a indicação é ligar imediatamente para o Corpo de Bombeiros, no telefone 193. E caso o ferimento resulte em uma queimadura, procedimentos extras devem ser tomados antes da chegada do socorro. Se fragmentos de roupas ou objetos ficarem aderidos à pele em decorrência da queimadura ou explosão, eles não devem ser retirados. Aplicação de receitas caseiras também são desaconselhadas.

Segundo o dermatologista Ricardo Fenelon, se a queimadura ocasionada por fogo ou fogos de artifício for superficial, apenas com vermelhidão e ardência, a pessoa pode fazer o tratamento sozinha. Em casos de lesões mais graves, no entanto, é necessário o atendimento de profissionais. O médico explica como diminuir os danos da queimadura logo após o acidente.

“Quando você tem uma queimadura, o que você deve fazer é esfriar o local. Água fria, compressa fria, porque o dano térmico persiste. Depois de queimar, ainda continua provocando destruição. Então, a primeira coisa, o mais importante, é resfriar o local. Não é gelo, é água fria. Se for uma queimadura de primeiro grau, só com vermelhidão, você resfriando o local, usando um creme de corticóide, que tem vários na farmácia, você resolve. Se já é uma queimadura de segundo grau, é importante procurar um serviço de queimaduras”, ensina o dermatologista.

Cuidados com fogueiras

  • Acenda a fogueira em locais abertos, longe de marquises, fios elétricos e árvores;
  • Faça um aceiro, ou seja, um espaço ao redor sem materiais que possam ser inflamáveis;
  • Use pouca madeira para evitar chamas muito altas;
  • Não deixe fogos de artifício ou bombas próximos ao fogo;
  • Evite brincadeiras, como saltar sobre o fogo ou correr em volta.

Cuidados com fogos de artifício

  • Apenas maiores de 18 anos podem manuseá-los;
  • Em caso de uso de produtos infantis, como estalinhos, oriente as crianças de como usá-los;
  • Não beba bebida alcoólica ao manusear os dispositivos;
  • Sempre acenda o pavio na ponta, nunca no meio, e se afaste;
  • Rojões e foguetes devem ser colocados na própria base e jamais acionados na mão. Também não escore objetos, que podem se mover e direcionar as bombas contra uma pessoa;
  • Em caso de falha do dispositivo, dê um tempo razoável para recolhê-lo e, em seguida, utilize-o jogando em um balde com água. Jamais tente acender novamente os fogos que falharam;
  • Sempre solte fogos em áreas abertas, longe de marquises, árvores ou fios. Também não se deve utilizar latas, vasilhas ou demais objetos.

O que fazer em caso de acidentes

  • Queimaduras leves, apenas com ardência e vermelhidão, devem ser tratadas apenas com água fria corrente, para esfriar o local e interromper os danos pelo aquecimento da pele;
  • Em casos mais graves, acione o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193. A água corrente também deve ser aplicada e nenhum objeto aderido à pele deve ser retirado até a chegada do atendimento. Evite, também, aplicar qualquer receita caseira ao ferimento, tais como pó de café ou pasta de dente.

 

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