SÃO LUÍS - A lagarta falsa-medideira (Chrysodeixis includens) era uma praga de pouca importância, mas ganhou relevância após o surgimento da ferrugem-asiática no Brasil. Pode ser encontrada em todas as regiões produtoras brasileiras. A soja e o algodão são as duas culturas associadas à praga, por serem plantas hospedeiras.
A falsa-medideira consome boa parte das folhas, mas não as nervuras, deixando a planta com um aspecto rendilhado. Por conta disso é fácil perceber sua presença nas lavouras. Os maiores danos ocorrem quando a soja já está desenvolvida, principalmente no período da floração.
A diminuição da área foliar faz com que a planta realize menos fotossíntese. Este fato acaba afetando o peso de grãos e, por consequência, a produtividade da lavoura.
Para evitar o ataque da lagarta falsa-medideira, é importante realizar a rotação de culturas para reduzir a população da praga e quebrar seu ciclo de reprodução.
É possível fazer o controle por meio de inseticidas, mas essa lagarta é tinhosa e permanece durante o dia no terço médio-inferior das plantas, região pouco atingida pelos defensivos agrícolas.
Sobre a Chrydoseixis includens
A lagarta é conhecida também como falsa-medideira por possuir apenas três pares de falsas pernas posteriores, fazendo com que a locomoção seja como se estivesse medindo um palmo. O ataque ocorre ainda em outras culturas, como feijão, gergelim, tomate e trigo.
As lagartas que eclodem são de coloração verde-clara, com listras longitudinais brancas e pontuações pretas. O adulto possui asa acinzentada, com estigma e mácula prateados, contornados de marrom escuro brilhante. Nota-se ainda que a parte basal da asa é mais clara. Os ovos são colocados isoladamente na superfície das folhas e apresentam coloração verde.
As lagartas são verdes, com uma linha dorsal de coloração branca. A pupa é marrom-esverdeada e encontra-se nas folhas enroladas, presa por fios de seda. O ciclo biológico da falsa-medideira dura, em média, 25 dias.
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