O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), decidiu por uma trégua nas críticas ao presidente da Argentina, Alberto Fernández, e teve neste sábado, 30. um encontro rápido e amigável com o líder do país vizinho durante a cúpula do G20, que acontece neste fim de semana em Roma, na Itália. Vídeo divulgado por Bolsonaro nas redes sociais mostra um aperto de mãos acompanhado de risos das duas partes. Não é possível saber, no entanto, por este vídeo, o que os dois conversaram.
A postura do presidente destoa das reiteradas críticas que costuma fazer à Argentina e à gestão de Fernández. Frequentemente, sobretudo nas transmissões ao vivo nas redes sociais e a apoiadores em frente ao Palácio do Planalto, Bolsonaro afirma que o país vizinho caminha para se tornar uma Venezuela, como consequência de medidas tomadas pela Casa Rosada para conter o novo coronavírus.
Além de Fernández, o presidente brasileiro teve rápidos encontros com os primeiros-ministros Mario Draghi (Itália), Boris Johnson (Reino Unido) e Narendra Modi (Índia).
Além disso, conversou com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a quem disse que a Petrobras é um problema.
Entre as reuniões formais, Bolsonaro esteve no final da manhã (pelo horário de Brasília) com o secretário-geral da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Mathias Cormann.
Mais tarde, participa de jantar oferecido pelo presidente da Itália, Sergio Matarella.
Discurso
Em seu discurso no encontro do G20, o presidente Bolsonaro afirmou que o grupo formado pelas 20 principais economias do mundo precisa adotar "esforços adicionais" para garantir a produção de vacinas contra a Covid.
A TV oficial do governo brasileiro não transmitiu o discurso ao vivo. A transcrição foi divulgada pela assessoria da Presidência.
"Para o Brasil, os esforços do G20 deveriam concentrar-se no combate à atual pandemia, que continua a assolar muitos países. Entendemos, portanto, caber ao G20 esforços adicionais pela produção de vacinas, medicamentos e tratamentos nos países em desenvolvimento", declarou.
Embora no G20 o presidente tenha cobrado "esforços adicionais" pela produção de vacinas contra a Covid, Bolsonaro afirmou no último dia 13 que não vai se vacinar. A comunidade científica recomenda a vacinação até mesmo para quem já teve Covid.
Além disso, no último dia 21, em transmissão ao vivo na internet, Bolsonaro divulgou fake news ao associar a vacina contra a Covid a casos de Aids. A afirmação de Bolsonaro é falsa.
Diante da mentira dita pelo presidente, as redes sociais Facebook, Instagram e YouTube removeram o conteúdo do ar.
Desde o início da pandemia, Bolsonaro critica a vacina a contra a Covid; promove aglomerações; critica o uso de máscara; e defende o tratamento com drogas comprovadamente ineficazes para a doença.
Entidades médicas nacionais e internacionais e a comunidade científica recomendam como medidas de prevenção da Covid a vacinação; evitar aglomerações; usar máscara; e higienizar as mãos.
Saiba Mais
- Taxação dos super-ricos é aprovada em declaração de líderes do G20
- Países do G20 se comprometem a reformar Conselho de Segurança da ONU
- Cúpula de Líderes do G20 começa nesta segunda-feira (18), no Rio
- Cúpula de Líderes do G20 começa nesta segunda
- Declaração do G20 Social pressiona governos por ações mais ambiciosas
Leia outras notícias em Imirante.com. Siga, também, o Imirante nas redes sociais X, Instagram, TikTok e canal no Whatsapp. Curta nossa página no Facebook e Youtube. Envie informações à Redação do Portal por meio do Whatsapp pelo telefone (98) 99209-2383.