Covid-19

Pesquisa mostra que somente 1% dos municípios brasileiros liberou uso opcional de máscara

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que em 17 cidades do Brasil, uso de máscara por conta da pandemia da covid-19 não é mais obrigatória

Imirante com informações de assessoria

Atualizada em 26/03/2022 às 19h16
São poucos os municípios brasileiros que tornaram o uso da máscara opcional devido a Covid-19
São poucos os municípios brasileiros que tornaram o uso da máscara opcional devido a Covid-19 (Ricardo Wolffenbuttel / Governo de Santa Catarina)

A utilização da máscara como item obrigatório para a prevenção da Covid-19 não é mais obrigatória em apenas 1%, ou seja, em 17 Municípios, segundo pesquisa da Confederação Nacional de Municípios (CNM) sobre a situação da pandemia no Brasil. A pesquisa desta semana ouviu 1.703 prefeituras de 25 a 28 de outubro de 2021.

Ainda segundo a 30ª edição do levantamento semanal, cerca de 60% (1.019) dos gestores municipais pretendem manter a obrigatoriedade do uso do item de proteção mesmo com o avanço da vacinação e que toda a população esteja imunizada. Outros 36% (613) afirmaram que ainda não se decidiram sobre o tema e apenas 2,5% (43) disseram que pretendem retirar a obrigatoriedade do item no cenário em que todos estejam vacinados. A grande maioria dos Municípios - ou 98,1% (1.670) - afirma manter os avisos e comunicados sobre a necessidade e importância da utilização da máscara de proteção.

A obrigatoriedade da vacinação para frequentar espaços coletivos é realidade em 14,2% (242) dos Entes municipais que responderam à pesquisa, enquanto em 83% (1.413) dos Municípios participantes não há regramento em relação à imunização contra a doença. As medidas de restrição de circulação por conta do coronavírus ainda é uma prática em 55% (936) das administrações municipais; outros 38,7% (659) dos gestores locais já não mantêm mais as medidas de restrição.

Imunização
Segundo a pesquisa, 57% (970) dos Municípios responderam que já vacinaram mais de 50% da população (com mais de 18 anos) com a segunda dose ou a dose única. Outros 30,2% (515) já completaram a imunização entre 70 e 90% da população e 3,5% (60) já ultrapassaram os 90% da população acima de 18 anos vacinada contra a Covid-19. Mais de 95% (1.624) dos Municípios estão vacinando ou já vacinaram adolescentes, sem comorbidades.

Quanto à falta de imunizante para a aplicação da primeira ou segunda dose, a CNM questionou a situação nesta semana nas prefeituras. Em 23,1% (394) faltaram vacinas e em 70,2% (1.196) não. Nas localidades que registraram a falta do imunizante, 54,1% (213) não puderam vacinar com a primeira dose e 60,9% (240) ficaram sem vacina para a segunda dose. Em 90,1% dos casos a Pfizer é a vacina que tem faltado para a primeira dose, enquanto na segunda dose, em 89,6% dos casos, a falta é do imunizante da Fiocruz/Astrazeneca.

Mais de 96% (1.642) das prefeituras já iniciaram a vacinação da dose de reforço na população acima dos 60 anos de idade. A pesquisa questionou ainda se as deliberações da Comissão Intergestora Bipartite (CIB) têm considerado as necessidades de vacina do Municípios: 70,5% (1.201) dos Municípios responderam que as vacinas têm chegado em quantidade adequada, mas 22,8% (388) responderam que o número de vacinas não têm sido suficiente.

Novos casos e óbitos
Os números de casos e mortes também foram questionados. De acordo com a pesquisa, em 29% (494) dos Municípios não ocorreram novos casos da doença nesta semana; em 28,9% (492) o número de casos se manteve estável; em 22,9% (390) diminuiu; e em 17,6% (299) houve aumento de novas ocorrências da Covid-19. As mortes não foram registradas em 75,7% (1.290) dos Municípios; em 10,2% (174) o número de óbitos é estável; em 7,9% (134) diminuiu; e em 4,3% (73) esse número teve aumento.

As internações pela doença também mantêm ritmo de queda: 61,7% (1.051) não tiveram registro de hospitalizações; em 14,5% (242) diminuiu o número de pessoas que precisaram ser internadas; se manteve estável em outros 14,2% (241); e em 7,6% (129) as internações aumentaram.

Distribuição de absorventes
Nesta semana, a pesquisa questionou se, em função da pandemia, o Município editou alguma normativa para a distribuição de absorventes para a população em situação de vulnerabilidade. Em 6,5% (110) essa distribuição tem ocorrido e em 84,3% (1.435) não. A CNM buscou ainda saber qual a secretaria municipal ficou responsável por essa atividade e em 48% dos Municípios é a de Assistência Social; em 35,5% é a secretaria de Saúde; e em 26,4% a distribuição fica a cargo da Secretaria de Educação.

Retorno às aulas presenciais
A pesquisa levantou que em 38,8% (661) dos Municípios os profissionais da área de educação estão com o esquema vacinal completo (D1 e D2 ou dose única). Outros 42,1% (717) já vacinaram mais de 80% desse público. Sobre o retorno das atividades escolares presenciais, a CNM questionou a adesão dos estudantes e identificou que em 41,2% (701) das administrações esse retorno foi adotado por mais de 80% dos alunos. Em 7,8% (132) das cidades as atividades escolares presenciais ainda não foram retomadas.

Mais de 68% (1.159) dos Municípios afirmaram ainda que têm realizado busca ativa para garantir que as crianças e adolescentes voltem para as atividades presenciais nas escolas.

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