Ao menos quatro estados já registraram recentemente casos da doença de Haff, ou "doença da urina preta", como é conhecida popularmente. São eles: Amazonas, mas Bahia, Ceará e Pará.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), a doença de Haff é causada por uma toxina que pode ser encontrada em peixes como arabaiana, tambaqui, badejo e crustáceos, como lagosta, camarão e lagostim.
Os sintomas podem variar entre urina de coloração escura, dores musculares, insuficiência renal e falta de ar, no período de tempo entre 2 horas e 24 horas após a ingestão.
Há pelo menos um caso de morte confirmado no Brasil em 2021 pela doença de Haff. Em Recife, uma veterinária faleceu no dia 2 de março. Ela havia comido peixe em um almoço com a irmã, que também foi hospitalizada, mas conseguiu se recuperar.
A doença se constitui em um tipo de rabdomiólise, nome dado para designar uma síndrome que gera a destruição de fibras musculares esqueléticas e libera elementos de dentro das fibras (como eletrólitos, mioglobinas e proteínas) no sangue.
O nome foi dado em razão da descoberta da doença em um lago chamado Frisches Haff, na região de Koningsberg em 1924. O território, à beira do Mar Báltico, pertencia à Alemanha, mas foi incorporado à Rússia posteriormente, constituindo um enclave entre a Polônia e a Lituânia.
A doença de Haff gera uma rigidez muscular. Além disso, frequentemente ocorre como consequência o aparecimento de uma urina escura em função da insuficiência renal, razão pela qual essa expressão é utilizada para se referir à enfermidade.
O Ministério da Saúde recomenda que se, no intervalo de 24 horas, a pessoa que ingerir peixe ou crustáceo apresentar dores musculares, cãibras, enjoo e vômito, deve procurar imediatamente ajuda médica.
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