Aponta OMS

Serviços de saúde mental diminuíram durante pandemia

Organização considera que esse é um aspecto esquecido da covid-19.

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h06
Muitos países, especialmente de renda baixa, mantiveram os serviços de saúde mental oferecidos em hospitais convencionais que permaneceram abertos.
Muitos países, especialmente de renda baixa, mantiveram os serviços de saúde mental oferecidos em hospitais convencionais que permaneceram abertos. (Foto: reprodução)

BRASIL - Os serviços para pessoas mentalmente doentes e para pacientes de abuso de substâncias sofrem transtornos em todo o mundo em meio à pandemia de covid-19, e acredita-se que a doença causará mais sofrimento a muitos, disse a Organização Mundial da Saúde (OMS) nessa segunda-feira (5).

Só 7% dos 130 países que responderam a uma pesquisa da OMS relataram que todos seus serviços de saúde mental continuam funcionando normalmente, e 93% relataram serviços limitados devido a vários distúrbios, disse a entidade.

"Achamos que este é um aspecto esquecido da covid-19, de certa forma parte dos desafios que enfrentamos é que esta é uma área historicamente subfinanciada", disse Dévora Kestel, diretora do Departamento de Saúde Mental e de Abuso de Substâncias da OMS, em entrevista coletiva.

Só 17% dos países proporcionaram financiamento adicional para implantar atividades de apoio às necessidades de saúde mental crescentes durante a pandemia, disse ela.

"Estimamos, e informações preliminares estão nos dizendo, que pode haver um aumento de pessoas com problemas relacionados à saúde mental e neurológica e a abuso de substâncias que precisarão de atenção", detalhou Kestel.

Mas a OMS não tem dados sobre consequências possivelmente fatais, como taxas mais altas de suicídio, ataques epilépticos ou dependência de opiáceos sem assistência que poderia levar a overdoses, disse.

Muitos países, especialmente de renda baixa, mantiveram os serviços de saúde mental oferecidos em hospitais convencionais que permaneceram abertos, mas muitos pacientes enfrentaram outras dificuldades, disse a OMS em sua primeira avaliação.

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