Caso Marielle

Caso Marielle: polícia prende bombeiro suspeito de obstruir investigação

Maxwell Simões Correa é suspeito de ajudar a ocultar armas de fogo.

Imirante.com, com informações da Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h07
Bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso no Rio.
Bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso no Rio. (Foto: Reprodução/TV Globo)

RIO DE JANEIRO - Uma operação realizada hoje (10), no Rio de Janeiro, prendeu o bombeiro Maxwell Simões Correa, suspeito de atrapalhar as investigações sobre a execução da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.

A Operação Submersus 2 é do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/MPRJ), e contou com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), da Corregedoria do Corpo de Bombeiros e em parceria com a Delegacia de Homicídios da Capital.

A operação cumpriu mandados de busca e apreensão expedidos pelo Juízo da 19ª Vara Criminal da Comarca da Capital em dez endereços ligados a Correa e os outros quatro investigados já denunciadas ao Judiciário.

Armas de fogo

As investigações apontam que, no dia 13 de março de 2019, um dia após a prisão dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, denunciados como autores dos crimes, Correa e os quatro presos durante a operação Submersus ajudaram a ocultar armas de fogo de uso restrito e acessórios pertencentes a Lessa.

Já foram denunciados pelo crime Elaine Pereira Figueiredo Lessa, esposa de Ronnie, Bruno Pereira Figueiredo, cunhado de Ronnie, José Marcio Mantovano e Josinaldo Lucas Freitas. Segundo o MP-RJ, as armas de Lessa estavam armazenadas em um apartamento no bairro do Pechincha, na zona lesta da cidade, e em locais ainda desconhecidos.

O MP-RJ afirma que Maxwell cedeu, entre os dias 13 e 14 de março de 2019, o veículo utilizado para guardar o arsenal bélico de Lessa, que depois foi descartado em alto mar.

“A obstrução de Justiça praticada pelo denunciado, junto aos outros quatro denunciados, prejudicou de maneira considerável as investigações em curso e a ação penal deflagrada na ocasião da operação Submersus, na medida em que frustrou cumprimento de ordem judicial, impedindo a apreensão do vasto arsenal bélico ali ocultado e inviabilizando o avanço das investigações”, informa em nota o MPRJ.

A arma de fogo utilizada no assassinado de Marielle e Anderson ainda não foi localizada. Correa ostentava vínculo de amizade com Ronnie Lessa e Élcio de Queiros e também com os denunciados Josinaldo Lucas Freitas e José Márcio Mantovano.

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