Combate ao mosquito

Saúde lança campanha de combate ao Aedes aegypti

Chegada das chuvas e calor acende alerta para intensificação das ações de combate ao <i>Aedes aegypti</i>.

Imirante.com, com informações do Ministério da Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 11h15
O mosquito transmite dengue, zika e chikungunya.
O mosquito transmite dengue, zika e chikungunya. (Foto: Divulgação)

BRASÍLIA - O Ministério da Saúde lança nesta terça-feira (13) campanha publicitária de combate ao mosquito Aedes aegypti. O objetivo é mobilizar toda a população sobre a importância de intensificar, neste período que antecede o verão, as ações de prevenção contra o mosquito, que transmite dengue, zika e chikungunya. Com o slogan "O perigo é para todos. O combate também. Faça sua parte. Com ações simples podemos combater o mosquito", a campanha ressalta que a união de todos, governo e população, é a melhor forma de derrotar o mosquito, e que a vigilância deve ser constante.

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Dados nacionais apontam redução nas três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, entre janeiro a outubro de 2018, em comparação com o mesmo período de 2017, porém, alguns estados apresentam aumento expressivo de casos de dengue, Zika ou chikungunya. Por isso, é necessário intensificar agora as ações de eliminação do foco do mosquito para evitar surtos e epidemias das três doenças no verão.

Os meses de novembro a maio são considerados o período epidêmico para as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, porque o calor e as chuvas são condições ideais para a proliferação do mosquito. “É o momento em que todos - União, estado e municípios, e a população em geral - devem ter maior atenção e intensificar os esforços para não deixar a larva do mosquito nascer. No caso da população, além dos cuidados, como não deixar água parada nos vasos de plantas, é possível verificar melhor as residências, apoiando o trabalho dos agentes de endemias”, explica o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue do Ministério da Saúde, Divino Martins.

De acordo com o coordenador, os agentes de endemias utilizam três técnicas simples, que levam cerca de 10 minutos, para vistoriar casas, apartamentos e espaços abertos. “Os agentes de endemias estão nas ruas vistoriando todos os espaços em todo o país. Contudo, a população pode se empoderar também dessas técnicas e se antecipar à visita dos agentes. Durante os meses que antecedem o verão e ao longo de 2019, o Ministério da Saúde vai fazer o alerta contra o mosquito e ensinar, por meio de vídeos tutoriais nas redes sociais, entre outros meios, como são essas técnicas. Além dos 60 mil agentes de endemia, a pasta quer contar com os mais de 200 milhões de brasileiros para serem multiplicadores dessas ações”, destaca o coordenador Divino Martins.

Além do lançamento da campanha, está prevista ainda, para o final de novembro, a Semana de Mobilização Integrada para o Combate ao Aedes aegypti. No total, 210 mil unidades públicas e privadas de todo o país estão sendo mobilizadas, sendo 146 mil escolas da rede básica, 11 mil centros de assistência social e 53 mil unidades de saúde. A Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) orientou estados e municípios a realizarem atividades para instruir as comunidades sobre a importância da prevenção e combate ao mosquito. Também está prevista a mobilização da população em geral, por meio do slogan ‘Sábado sem mosquito. Com ações simples, podemos combater o Aedes aegypti’. Os órgãos públicos também farão vistorias em seus prédios.

Outra medida importante para este mês será a divulgação do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), ferramenta utilizada para identificar os locais com focos do mosquito nos municípios. O LIRAa é um instrumento fundamental para o controle do mosquito. Com base nas informações coletadas, os gestores podem identificar os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito, bem como o tipo de depósito onde as larvas foram encontradas.

Durante todo o ano, o Ministério da Saúde realiza ações permanentes de vigilância, prevenção e combate ao mosquito Aedes aegypti, com apoio da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) e das Salas Estaduais. As videoconferências com as 27 salas estaduais ocorrem mensalmente e, durante o período epidêmico, são realizadas quinzenalmente. O Ministério da Saúde também oferece, continuamente, aos estados e municípios apoio técnico e fornecimento de insumos, como larvicidas para o combate ao vetor, além de veículos para realizar os fumacês, e testes diagnósticos, sempre que solicitado pelos gestores locais

Para estas ações, a pasta tem garantido orçamento crescente aos estados e municípios. Os recursos para as ações de Vigilância em Saúde, incluindo o combate ao Aedes aegypti, cresceram nos últimos anos, passando de R$ 924,1 milhões, em 2010, para R$ 1,93 bilhão em 2017. Este recurso é destinado à vigilância das doenças transmissíveis, entre elas dengue, zika e chikungunya e é repassado mensalmente a estados e municípios. Além disso, desde novembro de 2015, foram destinados cerca de R$ 465 milhões para pesquisas e desenvolvimento de vacinas e novas tecnologias. Neste ano, o orçamento destinado para as ações de vigilância em saúde é de R$ 1,9 bilhão.

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