Explicação científica

Entenda os fenômenos da Super Lua, Lua Azul e Eclipse Lunar

De acordo com astrônomo, dois fenômenos poderão ser vistos no Brasil em 31 de janeiro.

Divulgação/Assessoria

Atualizada em 27/03/2022 às 11h20
A Super Lua, como é conhecida popularmente, é na verdade uma Lua cheia.
A Super Lua, como é conhecida popularmente, é na verdade uma Lua cheia. (Foto: Divulgação)

SÃO PAULO - Em 31 de janeiro teremos três fenômenos envolvendo a lua: a Super Lua, a Lua Azul e um Eclipse Lunar, que deixará a Lua alaranjada. Mas o que estes fenômenos significam? Qual a explicação científica por trás? O professor e astrônomo, Cássio Barbosa, do Centro Universitário FEI, esclarece mitos e verdades sobre cada um deles. Veja!

A Super Lua é uma Lua cheia

A Super Lua, como é conhecida popularmente, é na verdade uma Lua cheia que ocorre nas proximidades do ponto da órbita em que a Lua está mais próxima da Terra, chamado de perigeu. "Pela proximidade com a Terra, a Lua parece ser maior e mais brilhante no céu. A diferença de tamanho é mais fácil de se perceber quando a Lua está mais próxima do horizonte", explica o professor. O astrônomo também ressalta que não há uma grande alteração de tamanho e brilho, por isso, não se frustre: poucas pessoas conseguem perceber que é uma Super Lua.

Na Lua Azul, a Lua não fica azul

O segundo fenômeno é a Lua Azul. "Na verdade, a Lua Azul é apenas um apelido dado a segunda Lua cheia, que acontece no mesmo mês. E a Lua não fica azul!", esclarece o astrônomo. No dia primeiro de janeiro tivemos uma Lua Cheia - que também foi uma Super Lua - e como o tempo entre as duas Luas cheias é de aproximadamente 29 dias, até o fim do mês teremos mais uma Lua cheia.

Eclipse lunar deixará a Lua com tom alaranjado

A Super Lua e a Lua Azul coincidem com um terceiro fenômeno, um eclipse lunar. Em um eclipse lunar, a Lua mergulha na sombra da Terra ficando com uma cor alaranjada, por causa dos raios de luz que atravessam a atmosfera terrestre. "Dependendo do grau de poluição de nossa atmosfera ela pode ficar entre um avermelhado forte, cor de tijolo, até um laranja bem sutil", conta Cássio. O astrônomo também destaca que textos apocalípticos falam em Lua de Sangue e por semelhança com a coloração da Lua em eclipses lunares, muitas pessoas associam uma coisa à outra. No entanto, o termo científico correto para este fenômeno é eclipse lunar. "Infelizmente, esse eclipse lunar não será visto no Brasil em 31 de janeiro. Mas, em 27 de julho deste ano, teremos outro eclipse lunar e este será visível no Brasil", conta o professor da FEI.

Com que frequência esses fenômenos acontecem?

A Super Lua é um evento bem comum, em geral há 2 ou 3 delas a cada ano, já a Lua Azul acontece uma vez a cada um ou dois anos. Os eclipses são bastante comuns, em geral acontecem pelo menos 2 todo ano em algum lugar do planeta. "A próxima Lua Azul acontece dia 31 de março, mas a próxima Super Lua acontece apenas no ano que vem, dia 21 de janeiro", destaca Cássio.

Qual a melhor forma de observar a Super Lua e a Lua Azul?

Para observar a Super Lua, que será também uma Lua Azul, não é preciso usar nenhum instrumento. É só ir para um espaço aberto com ampla visão do céu. É melhor ver a Lua quando ela está baixa no horizonte, além dela ter uma coloração mais amarelada, a proximidade com objetos como árvores e prédios permitem fazer uma comparação de tamanhos. Essas condições são interessantes, também, para tentar uma foto bonita.

Apesar de esses fenômenos acontecerem com certa frequência, sempre despertam a atenção do público e fazem as pessoas olharem para o céu. Como destacado pelo professor Cássio Barbosa, "isso pode parecer pouca coisa, mas você se lembra a última vez que tentou contemplar as estrelas? Esse é um hábito cada vez mais difícil na vida moderna".

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