Economia

Ministério adota medidas para retomar vendas de carne aos EUA

Pasta suspendeu plantas credenciadas, além de fazer novas inspeções nos produtos vendidos.

Imirante.com, com informações do Portal Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 11h23
(Foto: Reprodução)

BRASÍLIA - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) tomou providências para que os Estados Unidos voltem a comprar carne brasileira fresca. Cinco plantas que exportam para os norte-americanos tiveram suas atividades suspensas preventivamente e uma sindicância será aberta para investigar o caso.

“Vamos atuar firmemente para resolver os problemas”, garantiu o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi. Na quinta-feira (22), os norte-americanos anunciaram a suspensão temporária do produto por não conformidade com exigências do País. Além de suspender as plantas e determinar investigação, outras medidas foram tomadas.

Técnicos do MAPA estão finalizando uma nova inspeção nas carnes dos frigoríficos credenciados para exportar para os Estados Unidos. Além disso, o órgão vai editar uma nova instrução normativa, aumentando o rigor da verificação. “Já tínhamos tomado providências”, disse Blairo.

Segundo o ministro, o Brasil é o único País que exporta para os EUA carne livre de febre aftosa por meio de vacinação. Ele explicou que no manuseio das partes em que o remédio é aplicado têm sido encontrados abscessos. “Estamos abrindo sindicância para ver o tipo de reagente utilizado e se, de fato, está deixando resíduos nas carnes enviadas para lá”, disse.

Como se trata de suspensão temporária, o ministério vai trabalhar para finalizar a medida até a próxima semana, adiantou Blairo. O ministro informou ainda que pretende, assim que possível, e assim que os americanos receberem as informações do Brasil, ir até os Estados Unidos.

Pressão de concorrentes

Ele explicou que há também pressão de produtores norte-americanos contra a venda de carne brasileira. “Há que se entender que estamos exportando carne para o maior concorrente que temos em todo o mundo. E há uma pressão muito grande, por parte dos produtores americanos, desde a época da liberação, para que haja embargo, para que não se permita a chegada de carne brasileira lá”, afirmou.

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