SÃO LUÍS – Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro (SP) criaram uma substância capaz de repelir e matar o mosquito da dengue. A fórmula tem uma bactéria tirada do solo contaminado com petróleo. Experimentos de laboratório já demonstraram a eficiência do produto, entrentato, para chegar ao mercado, ainda, é preciso baratear os custos de produção.
Os biólogos trabalhavam para formular um detergente biológico e procuravam um princípio ativo na natureza. Entre os locais pesquisados estavam os solos contaminados por combustíveis fósseis, como os derivados de petróleo.
Uma descoberta durante o trabalhou mudou o rumo da pesquisa. Os cientistas já estudavam há 17 anos a bactéria "Pseudomonas aeruginosa LBI", encontrada no terreno onde funcionava um posto de combustíveis. Ela se mostrou capaz de destruir o "Aedes aegypti" no estágio de larva e na fase adulta, além de funcionar como repelente.
Testes e custos
Os testes foram feitos em ratos anestesiados. Em um vídeo feito pela Unesp, o rato que não está com o produto é picado. No outro, que recebeu o repelente, os mosquitos nem se aproximam.
Ainda não há previsão de quando o produto será comercializado, já que o processo de produção é caro. Dez miligramas da substância, por exemplo, custam quase R$ 1,4 mil. Enquanto o produto não está disponível, a única forma de combater a doença é eliminar os criadouros do mosquito.
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