Saúde

Começa segunda etapa da Pesquisa Nacional de Saúde

Serão realizados exames de sangue e urina. A análise vai indicar doenças como hipertensão, diabetes e obesidade.

Ministério da Saúde

Atualizada em 27/03/2022 às 12h03

BRASÍLIA - Começou, nessa segunda-feira (9), a coleta dos exames clínicos de sangue e de urina para a segunda etapa da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). O estudo vai mapear diversas doenças e fatores de risco à saúde da população, como hipertensão, diabetes e obesidade. O objetivo principal da Pesquisa é fazer uma avaliação ampla da saúde da população que resultará em ações estratégicas e políticas públicas.

A primeira etapa do levantamento envolveu entrevistas sobre doenças e medidas antropométricas, incluindo a pressão arterial, realizados em cerca de 80 mil pessoas em 1,6 mil municípios. A pesquisa é realizada por meio de uma parceria entre o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Ministério da Saúde e o Hospital Sírio-Libanês (HSL). A previsão é de que o estudo seja realizado a cada cinco anos. Os primeiros resultados desta pesquisa devem ser divulgados em 2014.

Diagnósticos

As análises também irão indicar se a pessoa tem diabetes, anemia falciforme e analisar percentuais percentuais de creatinina, potássio e sódio – indicadores que podem revelar eventuais problemas de saúde do paciente. Se os resultados dos exames indicarem algum problema de saúde, o entrevistado será encaminhado a uma unidade de saúde para receber acompanhamento médico.

O exame de sangue também trará a informação do percentual da população brasileira que já entrou em contato com o vírus da dengue.

O material coletado na pesquisa será guardado no Instituto Evando Chagas, em Belém, que é uma instituição pública do Ministério da Saúde e vai compor um banco de soro humano para monitorar a doença no País, ficando disponível para universidades e institutos de pesquisas.

Histórico

A pesquisa, que tem como meta produzir novas informações sobre os hábitos do brasileiro, faz parte do Plano de Enfrentamento das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT). Os dados vão subsidiar as ações de combate às DCNT, responsáveis por 72% dos óbitos no Brasil.

Desde 2009, o Ministério da Saúde se reúne com pesquisadores para iniciar a elaboração da pesquisa. De 2010 a 2011, ocorreram reuniões periódicas com representantes do IBGE, onde foram estudadas experiências nacionais e internacionais; definidas a metodologia; a amostragem e outros pontos importantes. Em 2012, foram fechados os questionários e a parceria com o Hospital Sírio-Libanês para a realização dos exames laboratoriais.

O Ministério da Saúde já realiza, anualmente, o Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), estudo feito por inquérito telefônico em 26 estados e no Distrito Federal. Em 2011, o Vigitel entrevistou 54 mil pessoas, sendo uma importante fonte para o desenvolvimento de políticas públicas de saúde preventiva. A Pesquisa Nacional de Saúde, portanto, servirá como aliada para agregar informações estatísticas dos hábitos de vida da população comprovadas através dos exames.

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