BRASÍLIA - O governo federal definiu mais um importante instrumento para proteger o consumidor brasileiro de possíveis fraudes. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) estabeleceu o teor máximo de umidade em frangos resfriados, por meio da Instrução Normativa nº 23, publicada no Diário Oficial da União dessa quarta-feira (4).
As análises serão feitas em laboratórios oficiais do Mapa para verificar o teor de umidade (entre 65,05% e 71,81%) e proteína (entre 14,05% e 19,17%) do frango inteiro. Essas análises já eram feitas em cortes do produto e são realizadas, entre outros motivos, para averiguar se há sobrepeso devido ao excesso de água.
“Esse novo procedimento será rotineiro e é mais um método para evitar que o consumidor seja prejudicado, prevenindo produtos irregulares no mercado”, explica o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Rodrigo Figueiredo.
O líquido encontrado no frango é proveniente da etapa de pré-resfriamento (feitos em tanque de água gelada) de carcaças e cortes durante o processo de abate. Esse procedimento ocasiona um percentual de absorção de água na carcaça, que congelará junto com o produto caso não seja feito o escorrimento adequado.
O aperfeiçoamento dos controles no país está entre os fatores para o aumento da oferta de carne de frango com mais qualidade. Nas últimas três décadas, o Brasil passou a ser um dos principais produtores avícolas mundiais. Em 2012, foram produzidas 12,65 milhões de toneladas do produto, atrás apenas dos chineses (13,2 milhões de toneladas), segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA).
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