BRASÍLIA - O senador Wilder Morais (DEM-GO) afirmou, nesta quinta-feira (4), que a realização de um plebiscito sobre a reforma política não responderá às expectativas dos manifestantes. O senador lembrou que não houve nas ruas reivindicações exigindo uma reforma política, mas investimentos em saúde, transporte, segurança e educação.
"O que a população está pedindo é mais saúde, transporte, infraestrutura e não é com plebiscito que vamos resolver esse problema. O plebiscito vai ter um custo que daria para construir dezenas de hospitais e escolas, pois, segundo o Tribunal Superior Eleitoral [TSE], o custo do plebiscito é de mais de 600 milhões de reais", destacou.
Wilder criticou a concentração do bolo tributário pela União que, ressaltou, detém 70% de todos os impostos arrecadados. Para o senador, não é possível atender aos pedidos da sociedade sem a realização de uma reforma do sistema tributário. Em sua opinião, em vez de discutir a reforma política em plebiscito, a distribuição dos recursos entre União, Estados e municípios poderia ser um dos temas da consulta popular.
"Não é justo nem democrático um modelo que concentra todos os recursos e decisões na mão da União. Precisamos dar aos estados e municípios condições para que eles possam investir na melhoria de vida do seu povo. É nos Estados e nos municípios que o povo vive, lá estão os problemas e é lá, e não na União, que devem estar concentrados os recursos para atender os anseios do povo", afirmou.
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