Petrobras descarta extensão de racionamento de gás

Folha Online

Atualizada em 27/03/2022 às 13h53

RIO - A Petrobras garantiu nesta quarta-feira que não há risco de o racionamento de gás ser estendido a outros estados. Segundo a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, o contingenciamento para atender as usinas termelétricas só vai afetar São Paulo e Rio de Janeiro, caso volte a ocorrer.

Graça descartou a possibilidade de o racionamento nesses Estados indicar um risco de apagão de energia no ano que vem.

"Este corte não significa um caos nacional", afirmou, de forma enfática.

A diretora explicou que o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) solicitou que fossem gerados1.950 MW (megawatts) nas termelétricas do sul e sudeste. Com a liminar que impediu que a Petrobras limitasse o fornecimento às distribuidoras, foram gerados 1.700 MW.

"O sistema não é estático, varia sempre. Hoje, a demanda é essa, daqui a algumas horas, poderá ser outra", observou.

A executiva disse não ser possível precisar por quanto tempo será necessário direcionar mais gás para as termelétricas. Isso estará condicionado ao cenário hidrológico das próximas semanas. Atualmente, o ONS quer preservar o nível dos reservatórios, e a geração elétrica via gás é vantajosa financeiramente.

"Hoje, a variável mais relevante é o volume de água dos reservatórios nos próximos dias. Alguns especialistas afirmam que as chuvas estão chegando nesse período. Quanto mais água houver, o preço da geração hidrelétrica baixa e libera o gás", comentou.

A executiva acrescentou que a Petrobras vem cortando ao máximo seu consumo próprio de gás natural, mas não revelou quanto e nem de que unidades.

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