Criar animais silvestres como bichos de estimação é crime

G1

Atualizada em 27/03/2022 às 13h54

RECIFE - Criar animais silvestres como se fossem bichos de estimação dificilmente acaba bem.

No Recife, por exemplo, há superlotação no centro de triagem de animais silvestres do Ibama. A maioria das aves foi apreendida em feiras na cidade. Elas chegam famintas, desidratadas e doentes.

O aperto é tão grande, que algumas se machucam – como uma graúna que quebrou a asa. Um gavião levou uma pedrada no olho, e precisa de atendimento.

Um pequeno sagüi não consegue se mexer; foi encontrado com uma torsão no pescoço. Filhotes de coruja e de bicho-preguiça tiveram o habitat destruído, e ficaram órfãos.

Outra preocupação dos técnicos é evitar que pessoas levem animais silvestres para casa.

Um dos corredores do centro de triagem se transformou numa espécie de prisão perpétua, onde ficam 23 macacos-pregos – capturadas nas ruas ou trazidos pelos próprios donos, que se arrependeram de levar o animal para casa. Eles dificilmente sairão de lá para outro destino.

“Se soltarmos um animal desse na natureza, fatalmente ele vai procurar a primeira residência que encontrar, atrás de comida e abrigo”, explica Amaro Fernandes, chefe de fiscalização do Ibama. “É assim que ele foi ensinado desde jovem. Eles não sobreviveriam, em hipótese alguma”.

“O nosso conselho é não adquirir”, diz Marisol Pessanha, chefe do núcleo de fauna do Ibama. “Agora, para as pessoas que já têm esses animais, que continuem com eles até o final da vida”.

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