SÃO PAULO - Para as pessoas que acompanham o processo de canonização do beato Frei Galvão, não há mais dúvida: o Vaticano já reconheceu o segundo milagre do religioso e o anúncio do primeiro santo brasileiro deve ocorrer janeiro do próximo ano. "O segundo milagre já foi reconhecido. Agora, está faltando apenas uma reunião dos arcebispos, em Roma, para que o Tribunal das Causas Santas autorize a canonização", disse a historiadora que acompanha o processo, Tereza Maia. Depois do anúncio feito pelo tribunal será o papa Bento 16 que virá ao Brasil para anunciar a canonização oficialmente do frei de Guaratinguetá, interior de São Paulo.
Nesta quarta-feira (25) fará oito anos que o frei, que segundo os fiéis curava as pessoas ainda vivo, foi beatificado e reconhecido pelo papa João Paulo 2º. Para se tornar beato, foram 11 anos de estudo de cerca de 30 mil milagres avaliados. Desta enorme quantidade de graças relatadas por fiéis, cinco foram escolhidas e uma enviada a Roma. O milagre reconhecido pelo Vaticano foi a cura da menina Daniela Cristina da Silva, então com 4 anos. Em 1990, ela estava internada no Hospital Emílio Ribas, em São Paulo, com hepatite B. Desenganada pelos médicos, a menina tomou a pílula de Frei Galvão, dada pela própria mãe, e foi curada. Como a medicina não conseguiu explicar a cura, a Santa Sé aprovou o milagre de autoria de Frei Galvão e ele foi beatificado.
Um dos trabalhos que contribuiu para a divulgação do poder divino de Frei Galvão é a distribuição gratuita da oração e das pílulas do beato. As chamadas pílulas são papeizinhos picados, fabricados por voluntárias, onde está escrito: "Depois do parto permanecestes Virgem, Mãe de Deus, intercedeis por nós". A frase era escrita pelo próprio beato, que em vida curava as pessoas dando o pequeno papel para que tomassem. Hoje são distribuídas cerca de 60 mil pílulas por mês.
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