Juiz acusa senador do PSDB de financiamento ilegal em sua campanha

Agência Brasil

Atualizada em 27/03/2022 às 14h27

BRASÍLIA – O depoimento do juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara Federal do Mato Grosso, à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos está sendo marcado por uma discussão com o senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT). Segundo o juiz, Paes de Barros teria sido beneficiado de doações de uma empresa de câmbio, de propriedade de João Arcanjo Ribeiro, conhecido como comendador Arcanjo e suspeito de envolvimento com o jogo do bicho. Segundo Sebastião, outros candidatos do partido teriam recebido doações da mesma empresa. "Eu analiso os fatos, e o fato é que o PSDB operou com 84 cheques no valor de R$ 245 mil com a Vip Factoring", disse o juiz.

Chorando, o senador se defendeu e acusou o juiz de ter sido filiado do PT. "Ele usa a toga para defender o partido político dele", disse o senador. "Não tenho nenhum receio de investigação da minha vida", acrescentou.

Antero Paes criticou o juiz e mostrou documentos que comprovariam que Sebastião nomeou parentes como peritos judiciais em causas sob a sua jurisdição. Além disso, o senador mostrou a cópia de um livro sobre o Tribunal Regional Federal da 1ª Região do Mato Grosso que contém 13 fotos do juiz. "Não vejo nenhum problema. Somos dirigentes de órgãos públicos", defendeu-se o juiz.

Sebastião da Silva foi chamado a depor na CPI dos Bingos pelo processo que julgou sobre o comendador Arcanjo e sua possível ligação com o empresário Ronan Maria Pinto. Ronan é investigado pelo Ministério Público de São Paulo sob suspeita de ter participado do assassinato de Celso Daniel, prefeito de Santo André, na grande São Paulo.

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