BRASÍLIA - Os caras-pintadas voltaram, só que desta vez, em defesa do presidente da República. O movimento ficou conhecido em 1992, quando estudantes e pessoas ligadas as mais diferentes organizações sociais se vestiram de preto, pintaram seus rostos e foram às ruas pelo impeachment do então presidente Fernando Collor de Melo.
Treze anos depois, uma nova geração anuncia o retorno do movimento e, traz uma outra pauta de reivindicações. Agora, no centro dos pedidos está a reforma política, além de algumas mudanças na política econômica do governo Lula.
Nesta terça-feira cerca de 15 mil manifestantes da Central Única dos Trabalhadores, da União Nacional dos Estudantes, da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas, do Movimento dos Sem-Terra, entre outros, estarão em Brasília para dois atos de protesto. Um deles será no Ministério da Fazenda e, o outro, em frente ao Congresso Nacional.
Nada de manifestações em frente ao Palácio do Planalto já que, segundo a organização do ato, não existe o que reivindicar por lá. Os representantes dos movimentos alegam que, suas reivindicações só dizem respeito ao Legislativo e a área econômica do governo.
Eles também afirmaram que o impeachment está fora da pauta dos movimentos. Depois das denúncias bombásticas do último final de semana, a presidência da república agradece. De acordo com o presidente da UNE, Gustavo Petta, ainda não há motivos para pensar na saída do presidente Lula. Para ele, por estar diretamente envolvido nas denúncias de corrupção, o Congresso Nacional também não tem moral para pedir o impeachment de Lula.
Os movimentos sociais entendem hoje que não há razões políticas e nem jurídicas para o impedimento do presidente, e, aliás, o Congresso Nacional não tem condições políticas de pautar isso, porque o Congresso Nacional é o alvo das investigações.
Diferente ainda de 1992, que o alvo exclusivo das investigações era o presidente Fernando Collor. O mais correto é o Lula ser avaliado em 2006, o povo é que vai decidi se ele deve continuar ou não.
Os movimentos sociais se encontram no Ministério da Fazenda pela manhã e, a manifestação será encerrada por volta das duas da tarde em frente ao Congresso Nacional.
Segundo Gustavo Petta, os representantes deverão entregar um documento ao presidente da Casa, Renan Calheiros, onde estão enumerados pontos da reforma política, que eles acreditam serem os mais importantes e de aprovação urgente.
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