PF prende dona da Daslu e vasculha a loja

Eliana Tranchesi é acusada de formação de quadrilha, sonegação fiscal e falsificação de documentos.

Globo Online

Atualizada em 27/03/2022 às 14h41

SÃO PAULO - Os agentes federais chegaram à casa da empresária Eliana Maria Piva de Albuquerque Tranchesi às 6h de ontem. Exibiram os mandados de prisão e de busca aos seguranças e receberam um pedido: a empresária queria um tempo para se vestir. Meia hora depois, da janela de sua mansão no Morumbi, zona sul de São Paulo, ela ouviu de um delegado federal a ordem de prisão.

Eliana soube que sua loja, a Daslu, templo do consumo de luxo, estava sendo alvo da Operação Narciso, que envolvia a Receita, a Polícia e o Ministério Público Federais. O objetivo era apurar os crimes de formação de quadrilha, sonegação fiscal, falsificação de documentos e contrabando. Às 20h30 de ontem, ela foi liberada.

Além da casa de Eliana, outros 32 endereços em São Paulo e 3 em outros estados foram vasculhados por 250 agentes e 80 auditores fiscais. A empresária foi levada para a sede da PF às 9h30 e prestou depoimento.

Disse que cuidava só do marketing da loja e a organização financeira estava a cargo de seu irmão, Antonio Piva Albuquerque, também preso na operação. Ao todo, foram expedidos quatro mandados de prisão - uma pessoa está foragida.

No fim da tarde, o procurador da República Mateus Baraldi Magnani pediu à Justiça a revogação da prisão da empresária, o que ocorreu.

“A prisão era necessária para evitar o sumiço de provas. Como tudo foi apreendido, ela deixou de ser necessária”, disse Magnani.

Crime organizado

Dezenas de caixas de documentos, computadores e notas fiscais foram apreendidos.

“Esse é mais um golpe no crime organizado, que serviu para desarticular uma quadrilha que tinha como objetivo a sonegação de impostos”, disse o delegado José Ivan Guimarães Lobato, superintendente da PF em São Paulo.

Durante a operação, os agentes receberam a informação de que provas iam ser queimadas na antiga sede da Daslu.

Os agentes foram para lá e acharam caixas de documentos com um bilhete: “Para incinerar.” Na Daslu, na Vila Olímpia, 30 agentes tiveram de desarmar seguranças. De um ônibus, desceram os auditores fiscais que acompanharam as buscas.

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