BNDES libera R$ 137 milhões para desenvolvimento sustentável no Acre

Agência Folha

Atualizada em 27/03/2022 às 14h44

RIO - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) anunciou o financiamento de R$ 137 milhões para o Programa Integrado de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre. O valor representa cerca de 80% do valor total do projeto de R$ 170 milhões e é também a maior operação de financiamento da Área de Inclusão Social do banco na região Norte. O restante virá do próprio governo do Estado.

Os recursos são destinados à segunda etapa do programa. Segundo o governador do Acre, Jorge Viana, a primeira etapa, que contou com R$ 50 milhões, consistiu em projetos voltados para melhorar a infra-estrutura urbana e programas de recuperação do patrimônio histórico do Acre.

Viana criticou a gestão anterior do BNDES e teceu elogios a Mantega. "Encontramos dificuldades no BNDES, com a sua chegada e os arranjos na equipe tivemos outra acolhida sobre o mesmo pleito. Em quatro meses, conseguimos avançar o que não conseguimos em dois anos", disse.

O presidente do BNDES, Guido Mantega, enfatizou que os recursos não serão dados a fundo perdido. O governo do Acre terá um prazo de dez anos para pagar, com 30 meses de carência. Os juros cobrados são TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, atualmente em 9,75%) mais 3,5% ao ano. O banco deverá acompanhar o desenvolvimento do projeto com visitas regulares ao Acre.

A segunda etapa do programa tem metas ambiciosas e busca consolidar a atividade econômica no Estado. Até o fim de 2006, o governo do Acre pretende aumentar as exportações em mais de 80%, incluir 1.100 famílias na economia agroflorestal e florestal da região por meio de assentamentos e beneficiar mais de 4 mil índios com ações de capacitação e apoio à produção.

Segundo Viana, o projeto vai contribuir para reduzir o desmatamento na Amazônia com a implantação de uma indústria florestal no município de Xapuri que vai aproveitar os produtos da reserva extrativista Chico Mendes.

"Penso que é uma insanidade o que está acontecendo na Amazônia. A cada dois anos estamos destruindo quase 5 milhões de hectares. Isso corresponde a tudo que temos de floresta plantada no país. O que demoramos 500 anos para plantar, a cada dois anos é destruído só na Amazônia", afirmou.

O BNDES analisa ainda o projeto Calha Norte que estabelece um convênio de R$ 12 milhões com o Ministério da Defesa. Deste total, R$ 8 milhões já estão comprometidos em operações aprovadas ou enquadradas. Os recursos serão destinados a projetos na região Norte, como construção de escolas públicas, pontes e intervenções que favoreçam o desenvolvimento produtivo da região.

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