Caso Dorothy Stang: CPMI chega ao Pará

Globo Online

Atualizada em 27/03/2022 às 14h48

BELÉM - A Comissão Parlamentar de inquérito do Congresso Nacional, presidida pelo senador Álvaro Dias (PSDB/PR) está no Pará a partir desta quinta-feira, onde vai realizar audiências públicas nos municípios de Parauapebas, Santarém e Altamira. O objetivo das audiências é tomar depoimentos sobre o assassinato da missionária americana Dorothy Stang.

A CPMI pretende ouvir, durante a visita, o relato de líderes sindicais ameaçados de morte e o depoimento de mais 11 fazendeiros da região. Eles são suspeitos de grilagem de terra. Quase todos moram em cidades da região, mas possuem terras em Anapu, região do conflito. Dos 11 convocados, sete são acusados de participar de um suposto consórcio que pode ter financiado o assassinato da missionária e de outros líderes sindicais que também foram mortos no Pará.

A primeira audiência aconteceu em Parauapebas, onde os deputados e senadores passaram a manhã desta quinta-feira. Em Santarém a CPMI deve ouvir o depoimento de três representantes do sindicato dos trabalhadores rurais do município; do gerente regional do Ibama, Paulo Fernando Maier; superintendente do Incra, Inocêncio Renato Gastarim e do presidente do Iterpa, Weyner Nascimento Pinto.

Esta é a segunda visita da CPI da terra no Pará. Os trabalhos somam 14 volumes com denúncias contra fazendeiros e trabalhadores ligados a luta pela terra. Para os organismos que lutam em defesa dos Direitos Humanos, a CPI pode ajudar a esclarecer os assassinatos de Dorothy Stang e por fim a impunidade do campo.

A vista continua na sexta, em Altamira, a partir das 9h. Lá a CPMI deve coletar relatos de mais nove pessoas, entre produtores rurais, madeireiros e polícia.

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